terça-feira, 26 de abril de 2011

Tailandeses no Alentejo

Emprego - Comunidade em Odemira
Por mês chegam a ganhar mil euros. Dez vezes mais do que um salário
médio na Tailândia. Mas, para chegar a este número, homens e mulheres
não se importam de trabalhar de sol a sol e aos fins-de-semana para
ganhar horas extraordinárias.
24 Abril 2011Nº de votos (5) Comentários (20)
Por:Alexandre M. Silva


"O objectivo da vinda para Portugal é ganhar o máximo dinheiro
possível. Para eles é irrelevante se trabalham ou não ao
fim-de-semana. Depois vão-se embora ao fim de dois ou três anos com
dinheiro suficiente para comprar uma casa", disse ao CM Rute Silva,
directora de Recursos Humanos da DFRM, agência responsável pelo
recrutamento dos tailandeses, situada em São Teotónio, Odemira, que
acolhe a maioria da comunidade residente em Portugal.
Os primeiros trabalhadores tailandeses – um total de seis – chegaram
ao nosso país em 2007. Depressa se instalaram nesta região alentejana
para trabalharem nas campanhas do morango, da azeitona, mas também no
cultivo de flores, estufas e viveiros como o Bambuparque (ver caixa).
Hoje, o concelho de Odemira tem uma comunidade de 400, quase todos
residentes em São Teotónio. "Depois do primeiro grupo, começaram a
chegar no mesmo ano outros grupos de 20 pessoas. Já chegaram a ser 465
e as empresas não param de pedir mais trabalhadores tailandeses, até
porque muitas não conseguem recrutar portugueses", explicou Rute
Silva.
FAZEM TODO O TIPO DE TRABALHO
O Bambuparque, considerado o mais importante viveiro de bambus da
Europa, emprega quase 50 pessoas. Seis são tailandeses. "São muito
bons trabalhadores. Fazem todo o tipo trabalho no campo", refere
Marguerite de Oliveira gerente da empresa. Segundo esta mulher, de 47
anos, nesta sociedade não há diferenças entre os trabalhadores. "Os
tailandeses fazem o mesmo que os portugueses", sublinha.
O ordenado varia consoante o número de horas. "A média é de 600 euros.
Mas os tailandeses trabalham sempre mais um fim-de-semana",
acrescenta. Além dos asiáticos, a empresa emprega duas mulheres
ucranianas. Os restantes funcionários são portugueses, a maioria (40
trabalhadores) são mulheres.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/tailandeses-no-alentejo

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