Projeto Terraprima vai resgatar 900.000 toneladas de CO2

Emília Freire
26 de Abril - 2011
O projeto "Terraprima – Fundo Português de Carbono", pioneiro a nível
mundial, conseguiu em ano e meio reunir 500 agricultores e 27 mil
hectares de implementação no Alentejo, Ribatejo e Beira Interior
(0,29% do país).


A iniciativa visa o sequestro de mais de 900 mil toneladas de dióxido
de carbono e prevê duplicar a área de implementação para cerca de 60
mil ha em 2012.
"Já temos parecer favorável para mais 30 mil hectares na segunda fase
de candidaturas ao concurso para projetos nacionais de sequestro de
carbono em Portugal, aberto pelo Fundo Português de Carbono (FPC)",
adianta à VIDA RURAL Tiago Domingos, coordenador do projeto.
O Terraprima – FPC, lançado em 2009, vai ser apresentado oficialmente
esta sexta-feira (a 29 de abril), em Portalegre e é financiado pelo
FPC.
Neste projeto, os agricultores candidatam-se para semear e manter até
2012 as Pastagens Permanentes Semeadas Biodiversas Ricas em
Leguminosas (PPSBRL), de acordo com um conjunto de regras técnicas. E
têm ao seu dispor apoio técnico permanente, além de uma remuneração
pelo sequestro de carbono, na ordem de 150€ por hectare.
As PPSBRL são um sistema de pastagens inovador, desenvolvido em
Portugal, que utilizam misturas de sementes até 20 espécies ou
variedades diferentes e que têm capacidade de ir buscar azoto à
atmosfera, constituindo assim uma fábrica natural de adubo azotado,
evitando o uso de adubos sintéticos.
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=5738&bl=1