terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Seminário internacional dedicado ao vinho Alvarinho agendado para Fevereiro

07-01-2014





A sub-região de Melgaço e Monção vai promover em Fevereiro um
seminário internacional dedicado ao vinho alvarinho, encontro em que
os promotores pretendem definir uma «estratégia» de futuro para a
produção e comercialização daquela casta regional.

O objectivo foi definido em Melgaço, durante um encontro de trabalho
dedicado ao vinho alvarinho que, além das duas autarquias abrangidas
pela sub-região, reuniu ainda produtores e especialistas.

Este encontro, que se segue a nova reunião de trabalho na próxima
semana e que antecede o seminário internacional a realizar em «finais
de Fevereiro», surgiu precisamente numa altura em que, garantem as
duas autarquias, se coloca a possibilidade de alargamento da
denominação exclusiva de produção de vinho alvarinho à restante região
dos Vinhos Verdes.

«A possibilidade de alargamento é um problema, mas não será o único.
Temos outros, como melhorar a qualidade do produto, a sua
comercialização e o marketing internacional, necessitamos de definir
uma estratégia de futuro para tal», explicou à agência Lusa o
presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista.

A definição de formas para potenciar a comercialização deste vinho,
cuja produção se distribui por 1.500 hectares encepados com uvas da
casta alvarinha envolvendo 1.800 produtores e mais de 150 marcas,
será, por isso, um dos objectivos do seminário internacional a
realizar em Monção.

«Desde logo pretendemos, também, arrancar com um projecto de
caracterização, de forma técnica, desta sub-região. Para explicar
porque é adequada especificamente para a produção de vinho alvarinho,
o que servirá para sustentar posições de princípio contra o eventual
alargamento da produção», disse ainda Manoel Batista.

Este estudo, acrescentou, ficará a cargo do Instituto Politécnico de
Viana do Castelo. As autarquias de Melgaço e Monção assumem
«preocupação» com a possibilidade de a «denominação exclusiva» de
produção de vinho alvarinho, vir a ser «alargada» à restante área da
Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

Garantem que o tema tem sido «abordado» dentro daquela estrutura, mas
asseguram que «a manutenção dessa exclusividade é fundamental», não
apenas «como garantia da singularidade e da fama já conquistada» para
o vinho alvarinho, mas «também pela extrema importância que tem para a
economia local».

Segundo números da Associação de Produtores Alvarinho, a atividade
reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária, Monção e
Melgaço, onde são produzidos quatro milhões de quilogramas daquela
uva, anualmente. A selecção «das melhores» dá origem a mais de 1,5
milhões de garrafas de vinho alvarinho.

A exportação representa 10 por cento do total das vendas anuais do
vinho alvarinho de Melgaço e Monção, sobretudo para mercados da
América do Norte e norte da Europa, além de outros países com forte
presença de emigrantes portugueses, como a França.

Trata-se também da casta cuja uva «mais rende ao produtor», com
excepção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa, chegando a
valer 1,10 euros por cada quilo. É por isso a «matéria-prima mais
cara» do país, garantem os produtores.

Fonte: Lusa

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48305.aspx

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