quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Uso responsável de antibióticos

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Janeiro 07


O uso responsável de antibióticos na produção, com vista a evitar
resistências ao nível humano, é um dos assuntos prioritários ao nível
comunitário e mundial.

Os produtores querem os seus animais de boa saúde, mas pretendem ter
uma actividade sustentável e não vir a prejudicar quem lhes paga, ou
seja o consumidor. Os antibióticos são fundamentais em caso de doença
para o tratamento dos animais e contribuem para o seu bem-estar.

A grande discussão centra-se nos antibióticos de terceira e quarta
geração, com a Organização Mundial de Saúde a salientar a sua
importância na saúde pública e a Organização Internacional das
Epizootias a realçar a sua importância na saúde animal.

No que diz respeito às quinolonas, está estabelecido que há salmonelas
e campylobacter resistentes, o que constitui um problema para a saúde
pública. Estudos mostram o risco de falência do tratamento das
salmonelas-quinolonas resistentes, o que pode constituir um sério
problema de saúde.

Para as terceira e quarta gerações de cefalosporinas, os riscos não
são tão evidentes. Não é claro o efeito que a extended spectrum
b-lactamases (ESBL) dos animais e da carne tem na saúde humana.

É razoável afirmar que a resistência da salmonela à cefalosporina é um
problema, pois é o antibiótico mais utilizado no tratamento dessa
doença em crianças.

No caso dos macrolidos, o cenário é mais complicado, pois é a droga de
eleição para combater o campylobacter e, portanto, muito importante na
produção avícola. A carne de frango é a principal causa de infecção
humana por campylobacter, tendo o problema pouco significado quando
falamos de carne de porco, pelo que é considerado um antibiótico
crítico na avicultura.

Face a esta situação, vários países já tomaram posição:

Na Dinamarca, o uso de fluoroquinolonas está restrita a casos onde não
há outra alternativa, tendo já os produtores porcinos iniciado uma
campanha voluntária no sentido de retirar essa droga das explorações.
A avicultura não usa.

Na Holanda, qualquer tratamento preventivo dos animais é proibido. Só
se pode usar a cefalosporina em animais isolados e nunca em grupos,
onde existem alguns animais doentes.

Na Alemanha, o uso profiláctico de fluoroquinolona e cefalosporina é
proibido. O uso da cefalosporina nos frangos está proibida. O uso
destes antibióticos só pode ser prescrito por um período máximo de
sete dias, findo os quais o veterinário tem de avaliar os resultados.

Nos Estados Unidos, a fluoroquinolona está proibida em frangos, mas
autorizada em bois e porcos. As terceira e quarta geração de
cefalosporinas estão proibidas para uso profiláctico e nas galinhas
poedeiras.

http://www.agroinfo.pt/uso-responsavel-de-antibioticos/

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