quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Acréscimo faz balanço do investimento florestal em 2014


por Ana Rita Costa
7 de Janeiro - 2015

A Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal fez um balanço do panorama florestal em 2014 e destaca que o ano foi marcado por uma redução da área florestal ardida e por uma "aposta inconsequente no eucalipto".

 
"A atualização da Estratégia Nacional para as Florestas resultou num flop (quiçá propositado), ainda por cima baseado num diagnóstico de 2007. Trata-se de um documento inútil que não terá efeitos práticos na alteração ao processo de destruição dos ecossistemas florestais em Portugal", refere a associação.

Quanto ao investimento florestal, a Acréscimo defende que "de acordo com os dados fornecidos no âmbito do novo Regime Jurídico das Ações de Arborização e Rearborização (RJAAR), ficam evidentes os resultados almejados pelo Governo e pela indústria papeleira, a materialização de uma aposta inconsequente no eucalipto, em minifúndio, sem garantia financeira e técnica de gestão."

Na segunda quinzena de novembro arrancou o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020). O novo pacote de apoios públicos está disponível para financiar ações de investimento florestal no período 2014 a 2020, com uma afetação de 540 milhões de euros de apoio público às florestas, mas segundo a associação, esta atribuição não constitui "nenhuma mudança" face ao histórico de 1986 a 2013.

Em jeito de conclusão, a Acréscimo diz que "em 2014 o Governo persistiu no enfoque (empenhado) do acessório, fugindo ao essencial. Manteve a proteção aos interesses financeiros, em detrimento das populações, do território, da economia e do ambiente."

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