sábado, 23 de maio de 2015

Exército vai abrir caminhos e vigiar florestas para impedir fogos florestais

  22-05-2015 

 
Dois ministros, Aguiar Branco e Assunção Cristas, estiveram esta sexta-feira em Vagos para testemunhar a assinatura de um protocolo com o Exército, avaliado em um milhão de euros, para a prevenção dos fogos florestais.

Pelo documento, subscrito com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o Exército compromete-se em 2015 a abrir mais 350 quilómetros da rede primária de aceiros e a realizar 1500 horas de vigilância nas matas nacionais.

Trata-se de renovar o Plano "Faunos", através do qual a engenharia militar é colocada a desbravar a floresta para criar uma rede de acessos aos meios de combate aos incêndios, que servirá de contenção aos fogos florestais.

Em 2014 foram já abertos 250 quilómetros e este ano serão abertos mais, «num esforço grande muito positivo do Exército», segundo a ministra da Agricultura e do Mar, que realçou o facto daquele ramo das Forças Armadas «estar atento e disponível para ajudar na defesa do território».

Um passo pequeno, se for tida em conta que a rede primária está planeada para uma extensão de 11,5 mil quilómetros mas, como disse Rui Almeida, do ICNF, «é um processo de décadas que terá de ser feito paulatinamente».

Assunção Cristas preferiu olhar para o que já está a ser feito nas matas do estado, salientando que a rede primária cobre 25 por cento do que está planeado.

«Com a colaboração do Exército conseguimos ser mais rápidos a fazer este tipo de acções», observou, considerando o protocolo também importante para «mobilizar os restantes actores, sejam municipais ou privados, a fazer os seus investimentos nesta área».

Os novos fundos europeus podem dar uma ajuda, tal como a concretização dos investimentos contratualizados pelo PRODER, que ascendem a 67 milhões de euros para a defesa da floresta contra incêndios.

Para Aguiar Branco, o envolvimento do Exército traduz «uma racionalização de meios, em matéria relevante de interesse nacional, que dá visibilidade às suas missões de interesse público».

Consiste em usar os equipamentos, alguns dos quais usados em missões em que as forças nacionais estiveram destacadas, como no Líbano, para uma utilidade semelhante: a engenharia militar abre caminho para ser prestado apoio logístico e chegar rapidamente à frente de combate, que agora é aos incêndios.

Até Novembro três unidades de engenharia vão abrindo clareiras no norte e centro do País, enquanto três regimentos de artilharia e dois de infantaria vão vigiar as florestas, num total de 1500 horas.

Fonte: Lusa

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