quarta-feira, 29 de julho de 2015

Sines já movimenta metade das cargas nos portos nacionais

28-07-2015 
 


As cargas movimentadas nos portos nacionais subiram 11% no primeiro semestre. O porto alentejano é cada vez maior.

Sines é cada vez mais o porto de maior relevância no sector em Portugal, tendo fechado o primeiro semestre deste ano com uma quota de 49,1% face às mercadorias movimentadas.


Segundo os dados apurados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a que o Diário Económico teve acesso, enquanto a totalidade dos sete maiores portos nacionais registaram um crescimento de 11,2% nas cargas movimentadas até Junho, com um valor próximo dos 44,4 milhões de toneladas, o porto alentejano conseguiu uma subida de 25,4%, mais que duplicando o ritmo de crescimento. Parte desta evolução também é explicada pelo facto de no período homólogo do ano passado a refinaria da Galp, um dos pólos mais relevantes para a actividade do porto de Sines, ter estado parte do tempo inactiva, devido a uma paragem técnica para manutenção.

O recorde de mercadorias movimentadas alcançada pelo porto de Sines no primeiro semestre deste ano não foi o único. Os portos de Leixões, com mais 3,5%, para 9,1 milhões de toneladas; e de Aveiro, mais 4%, para 2,4 milhões de toneladas, também atingiram novos máximos históricos no primeiro semestre deste ano.

No lado negativo, estiveram Viana do Castelo (- 21,2%), Lisboa (- 3,1%), Figueira da Foz (- 2,6%) e Setúbal (- 1,8%). Deste modo, a seguir a Sines posicionou-se o porto de Leixões, com uma quota de 20,6%, seguido dos portos de Lisboa (12,9%) e Setúbal (9,1%).


Combustíveis impulsionam crescimento

O aumento de 11,2% na carga movimentada nos principais portos portugueses na primeira metade deste ano deve-se sobretudo ao crescimento verificado nos granéis líquidos (combustíveis), com um crescimento de 19,1%. Também os granéis sólidos (carvão, cereais, cimento, celulose, etc) tiveram um comportamento acima da média geral, com uma subida de 12,2% entre Janeiro e Junho deste ano. Já a carga geral aumentou apenas 4,8%, uma evolução influenciada por um decréscimo de 3,1% na carga fraccionada.

De entre os grupos de cargas que contribuíram para este resultado destacam-se os minérios (+66,7%), carga 'ro-ro' (automóveis, com mais 51,7%), carvão (48,8%), petróleo bruto (+21,3%) e produtos petrolíferos (+20,5%).

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