quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

GNR faz maior apreensão de tabaco na Europa

27 DE JANEIRO DE 2016

A GNR apreendeu 182 toneladas de folhas de tabaco que permitiriam produzir 364 milhões de cigarros para venda na internet, com fuga aos impostos superior a 30 milhões de euros.

Fábrica de tabaco nos Açores (foto de arquivo)

As folhas de tabaco e tabaco moído foram apreendidas ontem numa operação que envolveu 41 mandados de busca em operadores económicos do Grande Porto, Lisboa, região Centro e Alentejo.

Foram fiscalizados operadores do Porto, Vila Nova de Gaia, Fundão, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Ponte de Sor, por suspeita dos crimes de introdução fraudulenta no consumo de tabaco.

Para além das folhas de tabaco, a GNR apreendeu também 4.800 maços de cigarros sem estampilha fiscal, várias centenas de milhares de tubos (filtros e papel de fumar prontos a serem preenchidos com tabaco) e 611.526 euros em dinheiro.

Outros objetos apreendidos foram três armas ilegais, balanças de precisão, vários acessórios industriais de trituração, documentos e dispositivos informáticos de armazenamento que acompanhavam o desenvolvimento do contrabando de tabaco.

O tenente-coronel Paulo Messias, da GNR, disse à agência Lusa que a apreensão é considerada, até à data, a maior realizada na Europa, constituindo uma fuga ao pagamento de impostos num valor superior a 30 milhões de euros.

Segundo a GNR, 12 pessoas e seis empresas foram constituídas arguidas.

A GNR refere que "a atividade económica paralela e ilícita era desenvolvida por operadores nacionais e espanhóis, que se dedicavam à produção da planta de tabaco e ao seu processamento".

Esta estrutura, que estava dispersa em todo o país, "garantia a introdução no consumo através da venda pela internet e de entregas diretas ao domicílio dos seus clientes a fim de evitar o pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC)".

A operação envolveu a Unidade de Ação Fiscal da GNR e a Autoridade Tributária e Aduaneira, sob a coordenação do Departamento Central de Investigação e Acão Penal (DCIAP).

Participaram na apreensão 114 militares da GNR e 24 inspetores da AT.

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