sábado, 30 de janeiro de 2016

Museu do Queijo vai nascer em Seia

 30 Janeiro 2016, sábado  Agropecuária

A cidade de Seia vai ter um museu dedicado ao queijo, que surge por iniciativa de um empresário local, que pretende contribuir para o aumento da oferta turística da região da Serra da Estrela.

O promotor do projeto, Ricardo Ramos, disse à agência Lusa que o Museu do Queijo de Seia envolve um investimento de cerca de 500 mil euros e deverá abrir este ano.
O museu abordará «diversas áreas» relacionadas com o queijo e com o território da Serra da Estrela, e será um «museu vivo», segundo o responsável.
Ricardo Ramos adiantou que o espaço museológico mostrará aspetos relacionados com o passado, mas também permitirá que os visitantes acompanhem «todo o ciclo relacionado com o queijo» na atualidade.
O novo espaço, que vai ocupar um piso do edifício do 'Mercado do Queijo', situado próximo do Museu do Pão, terá a designação de Museu do Queijo de Seia, mas também abordará outros aspetos da região da Serra da Estrela.
«Podemos encontrar áreas relacionadas com a fauna, com a flora, com a geografia, com as gentes, com a comunidade, com as tradições e, depois, temos como área principal a pastorícia e o queijo Serra da Estrela», adiantou.
Na vertente da pastorícia, disse que serão abordados aspetos como as fardas dos pastores, a transumância, as histórias, as lendas e os lugares.
O museu, com uma área total de 600 metros quadrados, terá uma exposição permanente sobre o queijo e a Serra da Estrela, uma sala para exposições temporárias, uma cozinha beirã e uma queijaria tradicional que estará aberta aos visitantes.
No futuro complexo estarão expostos utensílios relacionados com a produção do queijo e a pastorícia (trajes dos pastores, campainhas usadas pelas ovelhas, 'chavelhas' em madeira que identificavam o rebanho de cada proprietário, etc.).
A título de exemplo, Ricardo Ramos indicou que uma das paredes ficará decorada com os desenhos que eram próprios de cada pastor da região.
O museu também vai ter elementos multimédia que proporcionarão ao visitante um autêntico ambiente serrano.
«Vão existir sons dos pastores a assobiarem para o rebanho, o berrar das ovelhas, os cabritos a irem ao encontro das mães, o cão a ladrar, o chover, o nevar, os pássaros, a fauna, vai haver um contexto serra [da Estrela] a partir do momento em que entramos para o museu. E, a partir desse momento, vamos abordar várias temáticas dentro do museu, para além do queijo», disse à Lusa.
Ricardo Ramos diz que é sua intenção criar um «museu vivo» com possibilidade de as pessoas acompanharem, no terreno, as várias atividades pastoris e associadas ao queijo.
«Valorizar o produto, demonstrar como se faz, as particularidades, a origem, a confeção e as possibilidades de consumo do queijo» são ideias que estão na origem do projeto que vem juntar-se aos museus do Pão e do Brinquedo, que já estão em funcionamento na cidade de Seia. 

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