27 DE NOVEMBRO DE 2017 - 16:31
Portugal absteve-se na votação do Comité de Recurso da União Europeia.
Foto: André Gouveia / Global Imagens
O Comité de Recurso da União Europeia decidiu prolongar por cinco anos a utilização do herbicida glifosato.
A medida foi aprovada com 18 votos a favor, nove contra, e uma abstenção, a de Portugal.
O ministério da agricultura confirmou à TSF que Portugal se absteve, mantendo a posição que assumiu desde o início deste processo.
A renovação da licença teve voto positivo da Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, Holanda, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia, que representam 65,71% da população dos 28.
Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo e Malta votaram contra, com o peso de 32,26% da população da UE.
No inicio do mês, a França tinha proposto uma renovação por apenas dois anos e nas ultimas semanas, Bruxelas falhou por duas vezes um acordo para a renovação da licença de utilização deste herbicida muito utilizado, mas potencialmente cancerígeno para o ser humano.
Para a porta-voz da Plataforma Transgénicos Fora do Prato, a votação a favor do uso de glifosato é uma má notícia para a Europa em geral, mas para Portugal em particular.
Margarida Silva relembra que o nosso país apresenta os níveis de contaminação mais elevados entre os estados membros.
"Os solos portugueses são os mais contaminados da União Europeia".
Margarida Silva considera que o Governo não pode ficar indiferente e deve por assumir assumir medidas a nível interno.
A decisão deverá ser adotada pelo executivo comunitário depois de 15 de dezembro, data em que caduca a atual licença do glifosato.
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