segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Seca: Governo rejeita subida de preços e prevê aumento das exportações



O ministro da Agricultura, Capoulas Santos  |  MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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"Estamos a sair de um ano agrícola onde houve excesso da oferta, portanto, não me parece que haja, no imediato, razões que justifiquem o aumento do preço dos produtos", defende o ministro da Agricultura

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, afirmou, em entrevista à Lusa, que a seca não vai interferir, de uma forma geral, nos preços dos produtos e apontou que as exportações tenderão a aumentar.

"Estamos a sair de um ano agrícola onde houve excesso da oferta, portanto, não me parece que haja, no imediato, razões que justifiquem o aumento do preço dos produtos. Poderá acontecer pontualmente, por exemplo no queijo da serra, [porque] houve [nos incêndios] uma mortalidade elevada das ovelhas que produzem o leite com o qual se faz o queijo", referiu.

Sustentando-se nas previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) para outubro de 2017, o ministro acrescenta que "as exportações tenderão a aumentar porque houve mais produção do que aquilo do que era esperado", portanto, não haverá "grandes consequências na balança comercial".


Capoulas Santos referiu que, na pecuária, é provável que se verifique uma redução dos preços, tendo em conta que têm sido abatidos mais animais do que o "normal".

"Sobretudo se a chuva, como é normal, vier e os pastos começarem a brotar nos campos, creio que a situação, rapidamente, normalizará, sem que isso se traduza num aumento, substancial, dos preços", sublinha.

No entanto, o governante refere que o facto de Portugal integrar um mercado aberto, possibilitará que "em alguns produtos em que possa haver baixa de produção", possam ser importados, "sem que isso signifique o aumento dos preços".

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