quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Produção das barragens da EDP afundou 55% em 2017 devido à seca


A seca registada em Portugal provocou uma forte queda na produção hídrica. Para compensar, a eléctrica aumentou a produção de electricidade a partir de gás e de carvão.
Produção das barragens da EDP afundou 55% em 2017 devido à seca

24 de janeiro de 2018 às 17:37

A produção de electricidade da EDP manteve-se relativamente estável em 2017 face a 2016, com um acréscimo de 0,1%. Apesar da eléctrica contar com mais potência derivado a novas centrais eólicas, a seca registada em Portugal afectou negativamente o resultado.

Segundo a empresa, este resultado é reflexo da "maior produção eólica resultando do aumento de capacidade", mas que foi "parcialmente mitigado pelos recursos hídricos" na Península Ibérica.

Portugal registou volumes hidricos 53% abaixo da média histórica em 2017, face aos volumes 33% acima da média registados em 2016, destaca a EDP no comunicado divulgado esta quarta-feira, 24 de Janeiro.

Em Portugal e Espanha, a produção hídrica recuou assim 55% para 7.200 gigawatts hora (GWh) em 2017. Ao mesmo tempo, a produção de electricidade a partir de gás natural subiu 53% (8.029 GWh) e a produção a partir de carvão aumentou 27% para 16.847 GWh. Já a produção de energia nuclear, na central espanhola de Trillo, recuou 0,3% para 1.236 GWh, enquanto a produção nas mini-hídricas, cogeração e resíduos recuou 38% para 503 GWh.

Olhando para o fornecimento de electricidade a clientes, o número de clientes de electricidade em Portugal subiu 4% para 4,1 milhões, enquanto em Espanha aumentou 6% para 1,1 milhões. Em relação ao gás, o número de clientes subiu 11% em Portugal para 658 mil, enquanto em Espanha avançou 3,8% para 883 mil.

Por volumes vendidos, a venda de electricidade em Portugal recuou 0,2%, e em Espanha recuou 16%. Já o volume de gás vendido recuou 17% em Portugal e 22% em Espanha.

Analisando a potência total da EDP, a capacidade instalada aumentou 6,4% em 2017 para um total de 26,8 gigawatts. O crescimento deve-se a nova capacidade eólica (624 MW), duas novas barragens em Portugal (1.000 MW), Venda Nova III e Foz Tua.

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