quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CAP quer que Governo cumpra acordo da concertação para criar emprego na agricultura

21.02.2012 19:53
ECONOMIA
O presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP)
afirmou hoje que uma das formas de minimizar o desemprego jovem é o
Governo cumprir o que foi acordado na concertação social,
principalmente a "disponibilização de fundos para investimento
agrícola".
João Machado, que falava aos jornalistas no final da reunião com o
ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que
está a coordenar a Comissão Interministerial de Criação de Emprego e
Formação Jovem, disse que o setor agrícola tem "possibilidades de
investir mais, mas é preciso disponibilizar os fundos estatais o mais
rapidamente possível para criarmos mais emprego".
O presidente da CAP acrescentou que "é preciso implementar as medidas
que estão no Orçamento do Estado e no acordo de concertação social" e,
se assim for feito, "é possível, no setor agrícola, minimizar este
aspeto negativo da economia nacional".

João Machado explicou que os "muitos projetos de investimento no setor
agrícola carecem de uma comparticipação do Orçamento do Estado", o
quer dizer que "está dependente do ministro das Finanças e da
disponibilidade financeira do Governo", acrescentando que "aquilo que
diz respeito ao emprego jovem, é aquilo que diz respeito ao emprego
generalizado na agricultura".
Para o presidente da CAP, o país "está a viver num momento muito
difícil" e "criar emprego numa economia em recessão é
extraordinariamente difícil", mas o setor agrícola "tem criado
emprego líquido, ao contrário de outros setores da economia", e
adiantou que "talvez haja medidas no primeiro trimestre deste ano".
Antes da reunião com João Machado, o ministro Miguel Relvas recebeu o
presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que afirmou
que uma das soluções para travar o desemprego jovem é a reafetação de
verbas provenientes da União Europeia.
O presidente da CIP revelou que deixou ao ministro Miguel Relvas uma
série de propostas para redução do desemprego jovem baseado não só no
estudo da Confederação "Imperativo para o Crescimento Económico",
assim como o compromisso para o crescimento competitividade e
emprego, assinado em janeiro.
O ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, chamou
na segunda-feira os parceiros sociais (UGT, CGTP, CCP, CTP) e o
Conselho Nacional da Juventude para receber propostas que dinamizem o
emprego jovem em Portugal.
A Comissão Interministerial integra 12 secretários de Estado, entre
os quais o do Emprego, o da Administração Pública e o dos Assuntos
Europeus.
Portugal receberá nas próximas semanas a visita de uma "equipa de
ação" da Comissão Europeia destinada a estudar a forma de utilizar
fundos comunitários para reduzir o desemprego jovem.
Esta iniciativa foi lançada pelo presidente da Comissão, José Manuel
Durão Barroso, durante o Conselho Europeu de janeiro, e visa reduzir o
desemprego jovem nos oito países da União com taxas mais elevadas.
Na definição europeia da taxa de desemprego jovem, Grécia e Espanha
têm as taxas mais altas, quase nos 50 por cento, e Portugal é o
terceiro país com mais jovens desempregados, acima dos 35 por cento.
A Comissão liderada por Miguel Relvas deverá "enquadrar as políticas
de juventude de uma forma global e articulada", agilizar os mecanismos
de apoio às PME, ao nível de fundos da União Europeia, de modo a
"aumentar as oportunidades de emprego para os jovens".
Com Lusa
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1357370.ece

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