quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vinho exportou 675 milhões de euros em 2011

22 Fevereiro 2012 | 16:00
António Larguesa - alarguesa@negocios.pt
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O sector cresceu 3,6% em valor e 14% em volume no ano passado,
representando 1,6% do valor total das exportações nacionais, informou
ao mercado o Instituto da Vinha e do Vinho. Pela primeira vez, os
vinhos "tranquilos" superaram os licorosos.
De acordo com os dados apurados pelo Instituto da Vinha e do Vinho
(IVV), fornecidos ao Negócios pela tutela, as vendas de vinhos
portugueses ao exterior atingiram 675 milhões de euros e 2,97 milhões
de hectolitros em 2011. O crescimento face ao ano anterior foi maior
em termos de volume (14%) do que em valor (3,6%), indiciando uma
quebra no preço de venda ao exterior de 9,1%.

Os vinhos "tranquilos" ( mais 10% em valor e mais 22% em volume) foram
"o principal gerador deste crescimento", tendo o valor das exportações
deste segmento representado 51% do total. Pela primeira vez,
ultrapassou o montante gerado pelos vinhos licorosos, que até agora
tinha maior tradição na exportação.
A nota do IVV justifica ao mercado esta alteração no perfil exportador
com a quebra verificada nos vinhos licorosos (-3,3% em valor e -3,4%
em volume), "essencialmente devido à redução do volume de exportação
de Vinho do Porto e Vinho Madeira".
Apesar desta regressão, o preço médio nesta categoria de licorosos não
registou "oscilações negativas", dado que no Porto a variação foi de
-0,5% (no total das vendas fechou o ano a cair 4%, conforme noticiou
recentemente o Negócios) e no Madeira o preço por litro subiu até
12,3% em 2011.
Mesmo representando apenas 1,6% do total das exportações de vinhos, a
categoria dos vinhos espumantes manteve no ano passado a tendência de
crescimento, "com incrementos assinaláveis de 46% em valor e 25% em
volume". O IVV assinala como um indicador positivo o facto dos
espumantes terem ultrapassado o montante de 10 milhões de euros.

Angolanos são quem mais bebe; finlandeses e canadianos os que mais pagam
A tabela dos principais países de destino em 2011, que exclui os
vinhos do Porto e Madeira), mostra que Angola se mantém destacado como
o maior mercado para os vinhos nacionais. Os 627.474 hectolitros e
71,9 milhões de euros exportados para este país representam uma subida
homóloga de 27,9% em volume e 30,6% em valor.
Os principais mercados repetem-se em 2011, com Angola, Reino Unido,
França, Brasil, Alemanha e Estados Unidos (por ordem decrescente) a
aumentarem todos o volume importado de Portugal.
A seguir aos angolanos, os britânicos ainda são os melhores
consumidores para o vinho português, apesar da quebra de 2,6% em valor
no ano passado. É que, mesmo comprando muito menos quantidade do que
os franceses (132 mil contra 324 mil hectolitros), pagam 2,75 euros
por litro, muito acima dos 0,91 euros que custam em França.
A par do Reino Unido, no valor das exportações só os Estados Unidos
quebraram também no ano passado (-4,1%), tendo os restantes evoluído
positivamente. Como referido antes, Angola lidera o crescimento,
seguindo-se na "lista dourada" o Brasil (+18,7%), França (+6,8%) e
Alemanha (+5,5%).
A China prossegue a escalada, continuando com "interessantes níveis de
crescimento": importou mais 123% do que em 2010 e aumentou 91,7% em
valor, em virtude da redução do preço médio em 14%, para 1,35 euros
por litro.
Uma análise ao preço médio por litro praticado nos 25 maiores destinos
de exportação, mostra que os finlandeses (3,71 euros) e os canadianos
(3,12 euros) são quem mais paga pelos vinhos portugueses (excluindo
desta lista os vinhos do Porto e Madeira). No extremo oposto estão a
Guiné Bissau (0,62 euros), Moçambique (0,69 euros) e São Tomé e
Príncipe (0,76 euros).
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