Lusa08 Nov, 2013, 12:57
A valorização e comercialização do azeite biológico produzido na
região da Beira Interior são os principais objetivos do projeto
Agrilogis - Logística e Distribuição na Fileira do Azeite, que foi
hoje apresentado na Guarda.
O Agrilogis é apoiado por fundos comunitários e integra, entre outros
organismos, a Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA), a
Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de
Montanha (AAPIM), a Agência de Desenvolvimento para a Sociedade da
Informação e do Conhecimento (ADSI), e a Associação do Cluster
Agroindustrial do Centro (Inovcluster).
Segundo os promotores, o projeto hoje apresentado nas instalações da
associação NERGA "foi estruturado com o intuito de promover e
alavancar a capacidade competitiva da fileira do olival do território
de intervenção, através da promoção de condições de produção,
operacionais, organizativas e de comercialização".
"O projeto foi estruturado com o intuito de promover e alavancar a
capacidade competitiva da fileira do olival", tendo em conta que o
azeite biológico é "cada vez mais" procurado pelo mercado, segundo o
dirigente da AAPIM, José Assunção.
O responsável referiu que a região tem "condições potenciais e
organizações de produtores", sendo apenas necessário "aumentar a
produtividade do olival" para tornar a fileira do azeite mais
competitiva.
Referiu que a AAPIM tem atualmente dez produtores de azeite em modo
biológico e em toda a região da Beira Interior existe uma área de
produção "de 500 a 600 hectares".
No entanto, apontou que a região possui um total de 60 mil hectares de
olival e um "potencial para ter 120 mil".
"Pretendíamos que o olival tradicional se convertesse em biológico e
fosse competitivo", disse José Assunção, que defende do Governo a
criação de um programa idêntico ao que existe para a reconversão da
vinha "para introduzir tecnologia e aumentar a produtividade" do
setor.
O azeite produzido atualmente "tem qualidade, mas é preciso dar-lhe
valor acrescentado", o que só poderá ser feito com um projeto como o
Agrilogis, admitiu.
Na conferência de imprensa, o presidente da ADSI, Constantino Rei,
anunciou que vai ser criada uma plataforma eletrónica para
comercialização do azeite.
Será desenvolvido "um espaço virtual onde produtos e serviços são
oferecidos no mercado nacional e internacional", disse.
O projeto hoje apresentado será concretizado até 31 de dezembro de
2015 e tem um investimento total elegível de 560 mil euros, segundo
Pedro Tavares, presidente do NERGA.
"O Agrilogis nasce da ideia de haver centros logísticos para os
produtos agrícolas e este é o começo", disse.
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=694243&tm=6&layout=121&visual=49
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