quinta-feira, 8 de maio de 2014

Produção de cereja em Alfândega da Fé com quebras de 50%

A produção de cereja no concelho de Alfândega da Fé vai sofrer, este ano, uma quebra de 50% na sua produção devido as condições climatéricas adversas verificadas no período de florações durante o mês de Abril.

"A nossa expectativas é que haja uma quebra que ronde os 50% da produção de cereja", disse hoje à Lusa o presidente da Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé (CAAF), Eduardo Tavares.

Segundo o dirigente, as condições climatéricas estão e melhorar, havendo a previsão de que a cereja " que vingou" será de boa qualidade e suficiente para abastecer os visitantes que desloquem à feira anual da cereja agendada para 06 a 08 de Junho em Alfândega da Fé.

"No entanto, na altura da floração choveu muito e fez frio durante duas manhãs, factores que influenciaram a produção deste ano principalmente nas variedades mais temporãs", frisou.

A produção de cereja nos pomares da CAAF deverá chegar as 40 toneladas o que no ano normal poderia atingir as 80 a 100 toneladas com facilidade, o que seria uma produção normal para os cerca de 40 hectares de cerejeiras propriedade da cooperativa.

"Há dois anos chegámos a colher cerca de 60 toneladas de cereja e, no ano passado, pouco passou das 20 toneladas", apontou Eduardo Tavares.

Esta quebra vai-se reflectir na economia do concelho, principalmente junto de uma entidade como CAAF que produz cerca de 90% da cereja do concelho.

A cooperativa local é a maior produtora de cereja do concelho, tendo a maior mancha de pomares, embora este não seja o produto agrícola com maior peso no seu negócio, lugar ocupado pelo azeite, que é o principal motor económico.

Para Alfândega da Fé, a cereja que tornou-se na imagem de marca do concelho, servindo inclusive de símbolo no logótipo municipal.

Nas décadas de 80 e 90 do século passado, a cereja chegou a rivalizar com o azeite e a amêndoa, em peso económico, e parte da produção era exportada, chegando a servir de recheio aos conhecidos bombons de chocolate "Mon Chéri".

Após esta década de ouro, os sucessivos maus anos agrícolas têm provocado prejuízos junto produtores do concelho nordestino que é na região o maior produtor deste fruto.

Fonte:  Lusa

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