quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Situação das culturas de cereais de Inverno na UE

13-01-2015 
  
Em Portugal, as culturas de cereais de Inverno para a campanha de 2015 foram tardias devido às precipitações de Outubro e Setembro, prevendo-se superfícies estáveis de plantações, com uma descida do trigo, que será compensada com um aumento de trigo duro devido ao bom preço, segundo uma informação do ASAJA Cádiz, que inclui estimativas fornecidas pelos países presentes na reunião de cereais do Copa-Cogeca.  
 
Em Espanha, as culturas de Inverno na campanha de 2014/2015 foram no tempo certo, mas com algum atraso em algumas comunidades. As chuvas de Outono foram as necessárias à excepção no leste do país onde ocorreram apenas em Novembro. No entanto, é prematuro avaliar as estimativas das culturas, ainda que se espere a manutenção da superfície de trigo.
 
No Reino Unido espera-se uma ligeira redução nas superfícies cultivadas de trigo, que podem chegar a um total de 1,83 milhões de hectares frente aos 1,93 milhões de 2014. As culturas de Inverno ocorreram sem problemas, com excepção de algumas zonas afectadas pela seca. Aguarda-se um aumento para a cevada de Inverno e de Primavera, que conduzirá a um aumento da produção de nove por cento. Pelo contrário, prevê-se uma redução de 13 por cento nas culturas de aveia.
 
AS culturas de trigo em França aumentaram 5,09 milhões de hectares (ha), cerca de mais dois por cento em relação a 2014, apesar da possibilidade de um volume significativo de existências, já que em 2014 a colheita de trigo foi de baixa qualidade, o que se repercutiu nas exportações. Para o trigo duro estima-se um aumento de 26 mil ha, até um total de 313 mil. Contudo, previam-se culturas mais elevadas tendo em conta o actual nível de preços deste cereal, com uma manutenção da superfície das restantes culturas.
 
Na Alemanha estimam-se resultados superiores aos do ano passado, as quais já foram elevadas, com um total de 6,5 milhões de hectares que conduziram a uma colheita recorde de 51,7 milhões de toneladas. Para 2015, prevê-se mais 60 mil ha de trigo, até um total de 3,29 milhões e também um aumento de 60 mil ha de cevada, totalizando 1,64 milhões de hectares. Os cereais de Inverno tiveram um bom desenvolvimento, com temperaturas suaves em Novembro.
 
Na Polónia as culturas de cereais de Inverno serão semelhantes às de 2014, quando atingiram 7,34 milhões de hectares, dos quais, 2,3 milhões de trigo, com uma colheita recorde de 30 milhões de toneladas.  
 
Para a Itália, prevê-se um aumento das culturas de trigo duro, o cereal mais cultivado, ocupando cerca de metade da superfície. Os bons preços do trigo duro favoreceram as culturas, com um crescimento de 55 mil hectares, até um total de 1,32 milhões. Pelo contrário, no caso do milho, que é a segunda cultura mais importante, é previsível uma redução de 30 mil hectares, devido à presença de doenças.
 
A Irlanda mantém as mesmas áreas cultivas que em 2014. A cevada é a mais importante, com 211 mil hectares, o que representa mais de 70 por cento da superfície total de cereais, de 299 mil. É possível que se produza uma redução das culturas de cevada em detrimento de outros cereais devido ao impacto da norma de diversificação de culturas.
 
A Bulgária pode passar por uma quebra de quase 30 por cento da superfície de trigo, com apenas 900 mil hectares de área cultivada, frente aos 1,27 milhões de 2014. Mais de 300 mil hectares não foram cultivados a tempo devido a factores meteorológicos. Espera-se também uma diminuição nas superfícies de triticale e aveia.
 
Na Hungria, para 2015, as previsões apontam para superfícies muito semelhantes a 2014, ano em que se cultivaram 2,7 milhões de hectares e se obteve uma produção de 15,9 milhões de toneladas, com a probabilidade de uma redução de dois por cento na área de trigo.
 
Por fim, para a República Checa, estima-se resultados semelhantes a 2014, com um total de 1,45 milhões de hectares e colheitas de 8,96 milhões de toneladas. O Outono e Inverno foram suaves, podendo haver um crescimento das superfícies de cevada com desvantagem para o trigo.
 
Fonte: Agrodigital

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