sábado, 5 de março de 2016

Trás-os-Montes: produção de amêndoa com grandes perdas



 04 Março 2016, sexta-feira

Cerca de 90% da produção do amendoal tradicional e mais de metade do moderno, está perdida, na região transmontana. O sol de dezembro e o calor do início de janeiro fizeram «rebentar» a floração antes de tempo.
amendoeiras
Uma quebra que se deve ao tempo quente de dezembro e janeiro passados, que fez florir, mais cedo que o habitual, as amendoeiras. Depois vieram as geadas do início do ano e queimaram a floração. Em Moncorvo, o concelho do país onde se produz mais amêndoa, está instalado um sentimento de frustração junto dos produtores.
João Barros é produtor de amêndoa. «Como estamos a ver aqui neste amendoal tradicional, cerca de 90% não tem. Porquê? Porque já limpou a amendoeira e não tem qualquer tipo de amendruco e a flor ficou toda ressequida da geada».
As geadas que queimaram a quase totalidade da produção do amendoal tradicional. Bruno Cordeiro tem mais de dez hectares. Diz que a perda é muito significativa. «É muito significativa mesmo, para não dizer a quase totalidade, mas é superior a 90%».
Se no amendoal tradicional as quebras são enormes, o calor de inverno também já provocou danos em mais de metade do amendoal moderno, acrescenta José Menezes, produtor em Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. «E agora estes frios que se sentiram no mês de fevereiro afetaram e muito a produção da amêndoa. Neste caso estamos a falar no amendoal moderno à volta de 50 a 60% de quebra de produção».
É por tudo isto que o desalento já tomou conta dos produtores de amêndoa de Moncorvo.
Para minimizar perdas, as associações de produtores esperam dentro de dias poder fazer uma exposição ao ministro da Agricultura para que os agricultores transmontanos tenham acesso a ajudas compensatórias.
Fonte: TSF 


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