quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Reorganização de terrenos agrícolas em «ponto morto», diz autarca de Monção

Publicado hoje às 08:37
O presidente da câmara de Monção diz que este projeto permitiria
«revolução fundiária numa zona» em que a «agricultura corre o risco de
desaparecer».


O presidente da câmara de Monção considerou que ficou em «ponto morto»
o projeto de reorganização de dois mil terrenos agrícolas na subregião
do Alvarinho, que começou há 15 anos.
Após este projeto ter sido elogiado pelo Governo, o Ministério da
Agricultura indicou que não há verbas para o concretizar, o que obriga
a que 600 agricultores tenham que esperar pelo menos mais dois anos
para concretizar este objetivo.
Em declarações à TSF, o autarca José Moreira indicou que com esta
reorganização o número de proprietários baixaria de 647 para 600 e que
o número de propriedades baixariam de 2200 para 890.
«Se não se faz nada agora, deitamos por terra 500 mil euros e
sobretudo perdemos uma oportunidade fantástica de fazermos uma
revolução fundiária numa zona em que se não se melhorar a estrutura a
agrícola corre o risco de desaparecer», explicou.
José Moreira, que lembrou a necessidade de se mecanizar o trabalho das
terras, porque «ninguém anda mais de enxada na mão», e de se atrair
jovens agricultores, lamentou que do muito dinheiro que vem para a
Agricultura nenhum venha «cá para cima».
O presidente da câmara de Monção entende que a espera até ao próximo
Quadro Comunitário de Apoio em 2014 é demasiado tempo para este
projeto que poderia dar aproveitamento a muitos terrenos que não o têm
no momento.
O autarca diz mesmo que se «desperdiçou uma oportunidade de ir mudando
a mentalidade dos agentes económicos daqui para a necessidade de se
juntar propriedades, dar-lhes maior dimensão, mecanizar a atividade
económica e agrícola e poder tirar partido da terra desta região».
Contactado pela TSF, o gabinete da ministra da Agrcultura indicou que
os projetos de emparcelamento deixaram de ser elegíveis para o PRODER
por decisão do ministro socialista Jaime Silva, o que obriga a que se
espere pelo próximo Quadro Comunitário de Apoio.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2819056&page=-1

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