segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fim das touradas seria uma "catástrofe" que arrastaria "milhares de pessoas" para o desemprego

Por Agência Lusa, publicado em 14 Maio 2012 - 13:03 | Actualizado há 2
horas 4 minutos
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A proibição das corridas de toiros em Portugal é um cenário que o
setor descarta, alegando que a medida seria uma "catástrofe" que
arrastaria para o desemprego "milhares de pessoas" e "aniquilaria" a
economia de vários concelhos.

Diogo Costa Monteiro, da Federação Prótoiro, disse hoje à Agência Lusa
que, além de "uma machadada na cultura, identidade e liberdade dos
portugueses", a proibição conduziria a um "flagelo económico e
ambiental".


De acordo com a Prótoiro, o distrito de Viana do Castelo e a Madeira
são as únicas zonas em Portugal onde não existem manifestações
tauromáquicas.

Nas últimas três décadas, os números de espetáculos em praças de
toiros aumentaram em "35 por cento", estimando-se em "três milhões de
pessoas", anualmente, em espetáculos tauromáquicos (corridas de
toiros, largadas, vacadas, esperas e picarias, entre outros).

"As corridas de toiros, inseridas na tauromaquia geral, são o motor de
muitas economias locais, que sofreriam um rude golpe se fossem
proibidas", alertou.

Em Portugal, existem cerca de "70 mil hectares de montado" afetos à
criação de toiros bravos e "cerca de 110 ganadarias", onde, a par com
as "30 mil cabeças de gado bravo", coabitam outras espécies animais.

"Todo este ecossistema desapareceria, se as corridas fossem
proibidas", sustentou.

"Há uma economia que torna a festa brava possível e que se alimenta
dela, como é o setor da criação de cavalos (coudelarias), das
confeções dos trajes, empresários, fábricas de rações para animais,
gráficas, restauração e hotelaria, entre outros", sublinhou.

Para Diogo Costa Monteiro, a tauromaquia é uma "manifestação clara" da
cultura e da identidade dos portugueses.

"Não são concebíveis umas festas da Moita do Ribatejo, Coruche, Vila
Franca, Angra do Heroísmo ou Alcochete sem manifestações taurinas",
observou.

Diogo Costa Monteiro adiantou ainda que a tauromaquia está "bem viva e
recomenda-se", dando como exemplo a existência em Portugal de "48
grupos de forcados", que reúnem cerca de "1500 jovens".

http://www.ionline.pt/portugal/fim-das-touradas-seria-uma-catastrofe-arrastaria-milhares-pessoas-desemprego

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