terça-feira, 15 de maio de 2012

IPCC quer mais políticas de minimização de eventos climáticos extremos

2012-05-14


Na recta final antes da cimeira Rio+20, o Painel Inter-Governamental
sobre Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) tem feito um
esforço de promoção do último relatório oficial sobre os riscos de
eventos extremos. Quinta-feira, o presidente do IPCC, Rajendra
Pachauri, esteve em Bruxelas para apresentar as conclusões do
relatório aos decisores europeus e contou também com os esforços
assumidos pela Comissária do Clima: Connie Hedegaard: no início do
próximo ano, a Comissão Europeia vai propor uma política comunitária
de adaptação, que incluirá uma obrigação para cada Estado-Membro de
elaborar planos de gestão de riscos.
No documento, a principal conclusão é de que as políticas de
preparação e resposta a desastres extremos provocados pelas alterações
climáticas podem minimizar as consequências destes eventos. E isto
mesmo tendo em conta as diferenças regionais nos eventos extremos
previstos.

No caso da Europa do Sul e Mediterrânea, os cientistas que trabalharam
no documento têm alta confiança na tendência de ondas de calor cada
vez mais severas. O relatório, cuja versão completa foi divulgada em
Março – após uma primeira versão resumida para decisores ter sido
apresentada no final do ano passado –, apresenta o resultado de um
esforço multidisciplinar de uma equipa de cientistas.
Entre os elementos da equipa estão especialistas em aspectos físicos
ligados às alterações climáticas, em impactos, adaptação e
vulnerabilidade, assim como em gestão de risco de desastres. As
conclusões acabam por marcar o Dia Internacional do Clima, que se
celebra esta semana, a 14 de Maio.
CELE faz ricochete na Europa
Ao nível dos esforços europeus, está longe do fim a polémica gerada
pela inclusão no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) da
aviação internacional que faça escala no território da União Europeia.
A medida tem feito um autêntico ricochete na economia europeia,
atingindo construtores aeronáuticos através das represálias das
companhias de aviação.
A China, a Rússia, os Estados Unidos e a Índia têm sido os grandes
opositores dos planos europeus, argumentando que esta inclusão no CELE
trará prejuízos à indústria da aviação. Além das queixas e da ameaça
de leis de retaliação (no caso da China), vários órgãos noticiosos
internacionais dão conta de um atraso propositado na encomenda de 15
aeronaves A330 da europeia Airbus por parte de Pequim. O negócio está
orçado em três mil milhões de dólares.
A partir deste ano, os aviões que aterrarem ou descolarem em
território da UE terão que adquirir licenças relativas às emissões de
dióxido de carbono (CO2). A decisão da Comissão Europeia poderá
representar uma poupança anual de 183 milhões de toneladas de CO2, mas
a necessidade de aquisição de licenças pode ser impactos ao nível do
custo dos bilhetes para o consumidor final.

Autor / Fonte
Marisa Figueiredo

http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=12129

1 comentário:

Anónimo disse...

finalmente :)

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