segunda-feira, 11 de junho de 2012

Feira de Santarém mostrou sector "dinâmico e com capacidade de inovação"

Economia 10 Jun 2012, 15:39h



A Feira Nacional da Agricultura, que termina este domingo em Santarém,
mostrou um sector "dinâmico e com capacidade de inovação", frisou o
administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas
(CNEMA), Luís Mira.

Numa conferência de imprensa de balanço da 49.ª Feira Nacional da
Agricultura/59.ª Feira do Ribatejo, Luís Mira afirmou que o certame
conseguiu ser "mais pujante" num ano particularmente difícil, uma
dinâmica conseguida graças à estratégia do CNEMA de realização de
parcerias e de envolvimento das forças vivas da região.



"Ao contrário da imagem de um sector envelhecido, com cada vez menos
agricultores, ao longo desta semana conseguiu-se demonstrar que este é
um sector com projectos, com dinamismo, com capacidade de inovação",
afirmou.

O administrador do CNEMA e secretário-geral da Confederação dos
Agricultores de Portugal (CAP) referiu os 22 seminários realizados ao
longo da semana, que permitiram divulgar não apenas em que ponto está
a negociação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) como aspectos
relativos à fiscalidade no sector ou ainda "toda uma realidade marcada
por grandes avanços tecnológicos".

Esperando ultrapassar o número de visitantes da edição anterior – no
final do dia de hoje conta chegar às 160.000 entradas contabilizadas
nos torniquetes -, Luís Mira saudou a adesão da população a um evento
que quer sobretudo servir de ligação dos consumidores aos produtores,
dando a conhecer a produção nacional e visando incentivar o seu
consumo.

O certame contou com uma multiplicidade de iniciativas paralelas, como
a Feira Empresarial da Região de Santarém (Fersant), a I Feira do
Turismo Rural e da Natureza, o II Encontro Internacional de
Agroclusters, O I Fórum Ibérico do Tejo, o III Congresso da Cultura
Avieira, entre outras.

Luís Mira destacou ainda os numerosos concursos de produtos
tradicionais portugueses, lembrando que esta iniciativa começou há
quatro anos com os vinhos, sendo actualmente 11 os produtos a
concurso, com os azeites a assumirem uma dimensão única a nível
nacional e das maiores em termos mundiais.

"Só com a competição é possível evoluir", disse, adiantando que a
intenção é conseguir atrair cada vez mais produtos nacionais de
qualidade a estas provas.

Para Luís Mira, a forte agenda política da feira – que este ano contou
com as visitas do Presidente da República, do primeiro-ministro, dos
ministros da Agricultura, Negócios Estrangeiros e Solidariedade
Social, além de numerosos secretários de Estado e deputados, - "só por
si fala sobre a importância que o sector hoje tem" para a política
nacional e europeia.

"Andou esquecido durante muito tempo", disse, advertindo contudo que o
interesse que o sector está a gerar exige a criação de condições para
garantir que quem se dedica à agricultura irá ter uma "vida condigna",
tendo em conta as dificuldades de uma actividade que "é muito
competitiva".

Luís Mira adiantou que o CNEMA está já a trabalhar na edição de 2013,
de forma a conseguir um evento "à dimensão do que os 50 anos exigem",
procurando que "seja marcante e fique na memória das pessoas".

http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=51786&idSeccao=481&Action=noticia

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