sábado, 13 de dezembro de 2014

Ministra da Agricultura quer reequipar sapadores florestais



 Vinte e uma novas viaturas entregues no âmbito de um investimento superior a dois milhões de euros. 

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, realçou a necessidade de reequipar os sapadores florestais, que receberam esta sexta-feira 21 novas viaturas no âmbito de um investimento superior a dois milhões de euros. Ao intervir na cerimónia de entrega dos veículos, no Centro de Operações e Técnicas Florestais (COTF), na Lousã, Assunção Cristas recordou que os sapadores florestais foram criados em 1999 e que só agora, 15 anos depois, algumas das suas equipas beneficiam da "primeira ação de reequipamento". Com verbas do Fundo Florestal Permanente, o Governo investiu agora 2.250.000 euros na aquisição de 21 viaturas todo-o-terreno para os sapadores florestais, além de equipamentos de proteção pessoal, motorroçadoiras e motosserras que serão distribuídos noutra ocasião. A presidente da Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Paula Sarmento, revelou que existem cerca de 1.400 sapadores florestais em todo o país, organizados em 278 equipas. A ministra da Agricultura salientou que estes profissionais, além da sua participação no combate aos fogos florestais, durante o verão, realizam no inverno "um trabalho discreto e extraordinariamente importante" para defender a valorizar a floresta portuguesa. O novo Programa de Desenvolvimento Rural, para o período 2014-2020, viu reforçado em 113 milhões de euros, em relação à última programação financeira do setor, "os fundos comunitários alocados à floresta", que aumentaram para 555 milhões de euros, acrescentou.

1 comentário:

Anónimo disse...



Os sapadores florestais foram criados em 1999 por um governo que extinguiu os muito antigos e eficientes guardas florestais, que tão bons serviços tinham prestado ao país.
Remonta a muitos anos atrás a criação do corpo de “guardas florestais”, os homens a quem sempre coube a fiscalização e a preservação da natureza, especialmente nas zonas de floresta. Os serviços que prestaram, ao longo dos tempos foram de grande valor e justificam plenamente a sua existência. Fardados e armados, os zelosos guardas florestais são, no Ministério da Agricultura, quem tem a seu cargo as funções que agora alguns, desconhecendo o que existe no País, declaram - como já li nos jornais - ser Portugal o único país da União Europeia que não possuía tais agentes. E, em vez de reforçar muito esse corpo de guardas florestais, vá de criar outros corpos paralelos!
A corporação dos guardas florestais (polícia florestal), que por legislação de 1901 já tinha tido uma reorganização, teve diversas outras, como a do Decreto nº 12.625, de 3 de Novembro de 1926, revogada pelo Decreto-Lei nº 39.931, de 24 de Novembro de 1954. Em tempos mais recentes, pela Portaria nº 1.269/93, de 15 de Dezembro, do Ministério da Agricultura, entrou em vigor o "Regulamento de uniformes dos mestres e guardas florestais - policia florestal", onde se definem os uniformes, distintivos e armamento a usar pelos guardas florestais. O armamento, aliás, já tinha sido actualizado em 1986, pelo Decreto Regulamentar nº 20/86, de 1 de Julho, por se considerar necessário alterar o que estava em vigor desde 25 de Novembro de 1959, pelo Decreto nº 42.683.
É assim que, ignorar a existência e funções dos guardas florestais e, em vez de se ampliar e reforçar o seu conjunto, criar outros corpos paralelos, constitui mais uma machadada - aliás no seguimento de outras recentes – no importante sector da Economia portuguesa que é a sua Agricultura.
MiguelMota

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