domingo, 29 de abril de 2012

Castro e Brito acusa governo de “retirar” verbas de Alqueva para “outras regiões”

Na abertura da 29ª Ovibeja


Na cerimónia inaugural da 29ª Ovibeja Manuel Castro e Brito,
presidente da ACOS - Agricultores do Sul e da Comissão Organizadora da
Ovibeja criticou o Governo por estar a retirar verbas previstas para a
conclusão do regadio de Alqueva para outras regiões do país e disse
que "os melhores solos do país" não estão a ser regados "com uma gota
de água de Alqueva". Carlos Moedas, o secretário de Estado Adjunto do
Primeiro Ministro sublinhou o "exemplo" da Ovibeja que soube
ultrapassar "as fronteiras regionais", passando em 29 anos de um
"evento da cidade e da Região" para um "dos grandes eventos nacionais.

"Ao contrário do que por vezes se pensa é nas crises que nascem muitas
das instituições mais robustas e douradas" disse o secretário de
Estado Adjunto do Primeiro Ministro, Carlos Moedas, na cerimónia
solene de abertura da 29ª Ovibeja.


Referindo-se à Ovibeja, Carlos Moedas acrescentou que "não é por
acaso" que a Feira "nasce em 1984, em plena crise económica, em pleno
processo de assistência financeira" do FMI.

Comparando a situação de crise que se vivia em 1984 e a actual, o
secretário de Estado disse hoje Portugal é "apesar de todas as
dificuldades" um país "mais rico, com melhor qualidade de vida e com
melhores indicadores de bem estar".

Carlos Moedas referiu ainda que as empresas do Baixo Alentejo devem
olhar para as oportunidades que há lá fora e aproveitar "as
capacidades próprias e únicas da região".

Em seu entender os empresários têm que encontrar uma forma de
"atravessar com sucesso a linha geográfica que marca a sua região"
para exportarem para outras regiões e para outros países; dando como
exemplo a Ovibeja um investimento que soube ultrapassar "as fronteiras
regionais".

Carlos Moedas não se referiu no seu discurso a Alqueva e aos projectos
estruturantes, apesar das exigências deixadas pelo presidente da ACOS
- Agricultores do Sul que defendeu a necessidade do regadio de Alqueva
ser concluído no mais curto espaço de tempo possível.

Castro e Brito disse que "há grandes investimentos que correm o risco
de serem inviabilizados pela recente decisão do Ministério a
Agricultura que retirou 130 milhões de euros da programação financeira
da medida do Regadio de Alqueva do PRODER para outras regiões do
país".

"Os melhores solos do país [barros de Beja]" não regam com uma única
gota de água de Alqueva, disse o presidente da Comissão organizadora
da Ovibeja, sublinhando que "só em olival são 12 mil hectares, não
contando já com as áreas de vinha e os pivots e outros sistemas de
rega já instalados".

Antes, Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, tinha
apelado ao Governo para que olhe para o Alentejo como "um parceiro
forte e empenhado" no combate à crise e "conclua, potencie e
rentabilize" os projectos estruturantes em curso na região, tais como
Alqueva ou o aeroporto de Beja.

Fonte: ACOS

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/04/29.htm

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