segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mais de metade do território em seca extrema

Publicado a 28 JUL 12 às 14:47
Oitenta por cento do território nacional está em seca severa ou
extrema e a água armazenada nas bacias hidrográficas encontra-se
abaixo do habitual.
O relatório de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca, agora
divulgado pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território (MAMAOT) reporta-se à situação do país no
mês de junho, ocasião em que «16 por cento do território se encontrava
em seca moderada, 24 por cento em seca severa e 56 por cento em seca
extrema».
Uma situação provocada pela falta de chuva, que se tem vindo a
registar desde o início do ano. O valor da precipitação mensal ficou
60 por cento abaixo da média, continuando contudo a ser superior a
2004/2005 (ano em que ocorreu a mais grave situação de seca).
No mês passado, o valor médio da quantidade de precipitação foi de 14
mm, número inferior à média verificada no período 1971-2000 (32.2 mm).
O norte foi a região que registou mais precipitação (cerca de 70 por
cento em relação ao valor normal), ao contrário do que aconteceu no
sul do país: "Nas regiões do Alentejo e Algarve os valores foram muito
baixos, não se verificando precipitação em muitos locais".

A pouca chuva provocou uma diminuição da percentagem de água no solo.
O relatório sublinha a situação nas regiões do sul do sistema
montanhoso Montejunto-Estrela, onde se registaram valores inferiores a
20 por cento.
Na avaliação hidrográfica, o cenário também não é favorável: no último
dia de junho, comparativamente com o último dia do mês de maio,
verificou-se um aumento do volume de água armazenado em duas bacias
hidrográficas e uma descida em dez.
Da mesma forma, os níveis de armazenamento por bacia hidrográfica
apresentam valores inferiores às médias registadas habitualmente nesta
altura do ano: das 56 albufeiras monitorizadas, 14 apresentam
disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e
sete têm disponibilidades inferiores a 40 por cento. As exceções são
as bacias do Ave, Mondego e Mira, com valores superiores.
Já as campanhas de rega a partir das barragens hidroagrícolas decorrem
dentro da normalidade, à exceção de Odivelas, Lucefecit, Silves, Lagoa
e Portimão.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=2691843&page=-1

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