segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

McDonald's troca Super Bock por Sagres


Contrato é por três anos. Cadeia também troca Água das Pedras pela do Luso
Mário Barbosa, McDonald's Portugal
MIGUEL A. LOPES
15/12/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Depois de cerca dez anos com Super Bock, a McDonald's começou a servir
cerveja Sagres nos seus restaurantes.
A cadeia fechou um acordo por três anos com a Sociedade Central de
Cervejas (SCC) de fornecimento em exclusivo de cerveja e águas,
confirmou ao Dinheiro Vivo Nuno Pinto Magalhães, diretor de
comunicação e relações institucionais da SCC. O acordo prevê o
fornecimento de Sagres branca de pressão, em lata e em lata sem
álcool, bem como Água do Luso lisa e fruta (limão, maracujá, maçã e
frutos vermelhos) à cadeia com 136 restaurantes. O preço da cerveja
mantém-se igual.
Chega ao fim cerca de uma década de Super Bock e Água das Pedras na
McDonald's. "Para esta categoria de produtos, como são as águas e
cervejas, fazemos regularmente (a cada três anos) uma auscultação ao
mercado. Neste último concurso, em que foram consultadas as principais
marcas portuguesas, escolhemos a proposta da Centralcer", diz John
Alves, diretor de marketing e comunicação da McDonald's Portugal. "A
nossa preocupação é a satisfação dos nossos consumidores pelo que
procuramos trabalhar com marcas de relevo e, sempre que possível,
nacionais", acrescenta o responsável de marketing da cadeia. "Com esta
mudança de fornecedor, acreditamos estar a manter o mesmo nível de
satisfação e relevância para o mercado português", defende.
Nuno Pinto Magalhães não revela o impacto deste acordo nas receitas no
canal Horeca (hotelaria, restauração e cafés), mas admite que será
"significativo". "A McDonald's é um cliente muito significativo no
canal da restauração organizada e o seu volume de vendas vai ter uma
repercussão significativa no negócio da SCC deste canal", diz. Pizza
Hut, Vitaminas, Go Natural e Portugália são outras das cadeias que a
SCC tem na sua carteira de clientes.
Exportar para compensar um mercado doméstico em queda
A entrada da McDonald's no portfólio da Central de Cervejas vem
reforçar o circuito Horeca, principal canal em termos de receita para
as cervejeiras. No entanto, as estimativas da empresa são de quebra no
mercado doméstico. Ronald den Elzen, CEO da Central de Cervejas,
estima que até ao final do ano o mercado doméstico de cervejas recue
10% e o segmento das águas 3%. Todavia, na guerra entre as cervejeira,
Ronald den Elzen garante que a Sagres irá sair vencedora, mantendo-se
na liderança. Até outubro, segundo os dados da Nielsen, a Sagres tinha
uma quota de mercado de 42,8%, enquanto a Super Bock se fixava em
41,2%.
Com o mercado doméstico a sofrer os efeitos da quebra de consumo, as
cervejeiras focam-se na exportação. Na Central estas aumentaram 40%,
disse Ronald den Elzen. Angola é o mercado mais relevante, em termos
de exportação, para os dois principais operadores nacionais, mas aqui
a liderança é da Super Bock, da Unicer. A cervejeira liderada por
António Pires de Lima tem como meta abrir uma fábrica neste mercado,
bem como entrar no Brasil com produção local da Super Bock, a começar
no primeiro trimestre de 2013, disse recentemente o CEO. A Central de
Cervejas não revela datas, mas produção local em Angola e Brasil é um
objetivo. Os moldes, dizem, estão a ser definidos.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO080919.html?page=0

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