sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Iogurte que matou operário tinha veneno

Publicado em 2012-12-19
SANDRA BRAZINHA *



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O veneno que matou, no início do mês, no Barreiro, um homem de 42
anos, depois de ter ingerido um iogurte, é, segundo a PJ, um produto
de origem industrial e terá sido introduzido na embalagem após a
produção, algures entre a distribuição e o consumo.



O cenário de suicídio está afastado e a PJ tenta agora saber se se
trata de homicídio ou de um acidente.

Álvaro Luís Marques, funcionário da fábrica de fibras sintéticas
Fisipe, morreu no domingo, dez dias depois de se ter sentido mal após
ingerir um iogurte.

Fonte policial adiantou ao JN que, segundo os exames laboratoriais já
efetuados, Álvaro Leite terá ingerido, misturado com o iogurte, um
veneno, composto por um produto tóxico de origem industrial.
Desconhece-se ainda como, onde e porquê terá ocorrido a mistura que,
ao que tudo indica, aconteceu entre a distribuição e o consumo. A PJ,
entretanto, descartou qualquer responsabilidade da marca do iogurte.

O acidente ocorreu pelas 17.30 horas de 6 de dezembro no interior da
Fisipe - Fibras Sintéticas de Portugal, localizada na Quimiparque, no
Lavradio, Barreiro. Foi a própria empresa que chamou uma ambulância
assim que Álvaro Leite, operador químico, se queixou de dores fortes
na garganta.

Com queimaduras internas, nomeadamente na zona do esófago, o homem foi
transportado para o Hospital do Barreiro, de onde foi transferido para
o Hospital de São José, em Lisboa, onde morreu dez dias depois.

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"Estava num estado considerado estável, mas o veneno acabou por causar
outras complicações e o homem morreu", esclarece a PJ. A Lusa adianta,
citando fonte dos bombeiros, que o iogurte ingerido foi oferecido uns
dias antes por um camionista, tendo sido guardado num frigorífico para
ser bebido mais tarde.

O cadáver de Álvaro Leite foi autopsiado esta quarta-feira de manhã no
Instituto de Medicina Legal de Lisboa, por ordem do Departamento de
Investigação e Ação Penal de Lisboa, referiu fonte do instituto à
Lusa.

O funeral realiza-se na quinta-feira, pelas 11 horas, para o Cemitério
do Lavradio.

* com Carlos Varela

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=2956467&page=-1

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