sábado, 26 de janeiro de 2013

Copa-Cogeca favorável ao voto oportuno dos eurodeputados sobre futuro da PAC

25-01-2013




O Copa-Cogeca declarou estar satisfeita pelo voto oportuno da Comissão
de agricultura do Parlamento Europeu sobre o futuro da política
agrícola comum (PAC) considerando ser de vital importância tomar uma
decisão rápida e positiva sobre a mesma e o orçamento para 2014-2020.

A organização afirma que são decisões indispensáveis para terminar com
as incertezas que afectam os agricultores. As medidas votadas no
Parlamento Europeu (PE) caminham no bom sentido e constituem uma
melhoria das propostas da Comissão Europeia (CE), apesar se ainda
serem insuficientes.

O secretário-geral da organização, em declarações a partir de
Bruxelas, disse que estão satisfeitos «por ver alguns dos seus pedidos
serem tidos em conta». «Acolhem favoravelmente o voto dos
eurodeputados a favor da regulação do potencial da produção
vitivinícola, tal como uma maior flexibilidade para a aplicação das
medidas para uma PAC mais "verde"».

Segundo Pekka Pesonen, «em particular, as emendas de compromisso
oferecem certa flexibilidade quanto à diversificação das culturas e
pastagens permanentes», sublinhando, no entanto, «que a União Europeia
venha a ser o único Estado que reduza o seu potencial agrícola,
precisamente quanto existe uma maior preocupação em matéria de
segurança alimentar. Efectivamente, de acordo com as previsões, a
procura de produtos alimentares pode vir a aumentar cerca de 70 por
cento até 2050 e a volatilidade do mercado é cada vez maior».

O responsável continuou, afirmando que «alguns elementos da votação
também contrariam os objectivos da PAC». Em particular, o Copa-Cogeca
opõe-se a qualquer transferência de fundos do primeiro pilar par ao
segundo, como proposto pelos eurodeputados.

Pesonen assinala que «o primeiro pilar da PAC será mais importante que
nunca para que a UE possa garantir um abastecimento alimentar seguro,
estável e sustentável aos seus cidadãos, adiantando que outro ponto
preocupante é a possibilidade que se dá aos Estados-membros de
conceder níveis muito distintos de fundos a diferentes medidas, devido
às graves distorções de concorrência que dai podem surgir entre os
vários países».

A votação final sobre a resolução legislativa foi entretanto adiada
após uma decisão sobre o futuro orçamento da UE. Pelo que a
organização insta as instituições comunitárias para tomarem uma
decisão rápida e positiva sobre a nova PAC e o orçamento da UE para
2014/2020m de forma que a PAC possa ser aplicada a tempo. A incerteza
leva os agricultores a atrasarem importantes decisões sobre a sua
produção e investimento. A despesa agrícola, que representa menos de
um por cento da despesa pública, deve manter-se nos níveis actuais até
2020 para assegurar a viabilidade do sector para o futuro, satisfazer
a procura de alimentos e reforçar o crescimento e emprego nas zonas
rurais da UE.

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia45652.aspx

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