sábado, 12 de janeiro de 2013

Organização Meteorológica Mundial insta à redução urgente das emissões de dióxido de carbono

OMM estima que subida média da temperatura possa atingir os dois a
sete graus centígrados no final deste século
Actualizado ontem, às 09:22
Lusa

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) defendeu, esta quinta-feira,
uma redução urgente das emissões de dióxido de carbono (CO2) e de
outros gases com efeito de estufa, bem como uma adaptação da sociedade
mundial ao aquecimento global.

Estas são as duas frentes de trabalho que a OMM identificou para que
se possa enfrentar o desafio das mudanças climáticas, disse, à agência
Efe, o secretário-geral do organismo, Michel Jarraud, que participou
na celebração do 10.º aniversário do Centro Internacional para a
Investigação do Fenómeno do El Niño, com sede na cidade de Guayaquil,
no Equador.

Para Michel Jarraud, é "importante actuar em duas frentes": primeiro,
na redução, "o mais rápido possível", das emissões de gases com efeito
de estufa, de forma a travar o aquecimento global, sendo, ao mesmo
tempo, necessário "trabalhar na adaptação" da humanidade às mudanças
climáticas.

As estratégias para essa adaptação devem ser centradas sobretudo em
torno das áreas em que é possível agir, como na agricultura e energia,
sendo fulcral que se desenvolvam estudos sobre as condições
ambientais, acrescentou.

Por isso, como realçou o secretário-geral da OMM, torna-se muito mais
importante a colaboração entre todos os serviços de informação
meteorológica do mundo, no sentido de elaborar estudos que sejam
usados como referência para a tomada de decisões por parte dos países.

"Os serviços meteorológicos vão desempenhar um papel preponderante na
elaboração de informação necessária para a tomada de decisões",
reiterou Jarraud, para quem é urgente iniciar esta tarefa.

Segundo o mesmo responsável, "a concentração de CO2 na atmosfera é
agora mais elevada do que tem sido, pelo menos, nos últimos 800.000
anos e como resultado a atmosfera tem aquecido".

Nos últimos 150 anos, em termos globais, o aquecimento aumentou em 0,7
graus, contudo, no final deste século, essa subida poderá atingir
entre os dois e os sete graus centígrados, alertou.

Isto "trará consequências muito graves", não apenas ao nível da
temperatura, mas também mudanças importantes nos ciclos hidrológicos,
o que gerará maiores níveis de pluviosidade em algumas áreas do
planeta e severas secas em outras, advertiu ainda o secretário-geral
da OMM, citado pela Efe.

Além disso, "haverá um aumento do nível do mar", o que levará à erosão
das costas, acrescentou, ainda que frisando que os efeitos desse
fenómeno já se verificam nos dias de hoje.

Michel Jarraud insistiu, por isso, na necessidade de haver uma maior
informação sobre o clima, ao recordar que a OMM prepara um novo
relatório sobre a situação climática mundial, o qual será publicado no
final do próximo ano.

http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/364175-organizacao-meteorologica-mundial-insta-a-reducao-urgente-das-emissoes-de-d

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