domingo, 6 de janeiro de 2013

Os novos rurais

País Real

Nos últimos tempos, o chamamento da agricultura levou muitos casais
jovens, licenciados, a deixarem o Litoral e a demandarem para o
Interior do País.
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Por:José Martino, Engenheiro Agrónomo

Aí lançaram novos projetos agrícolas, com a convicção de que estavam a
lutar pelo seu futuro, mas também pela sobrevivência do País. Dados
oficiais apontam para uma média de 200 novos casos de jovens que estão
a olhar para o setor agrícola como o seu projeto de vida. É um fluxo
de gente de classe média, educada, com formação superior, com mundo.
Estas pessoas são do melhor que Portugal tem. Têm conhecimentos para
perceber o que se passa e, conscientemente, assumem o risco de uma
decisão que lhes vai mudar a vida para sempre. O movimento dos Novos
Rurais é um movimento de empreendedores. Têm um desígnio, têm sentido
de risco, e pretendem dedicar-lhe a vida. O Governo deve direcionar a
sua atenção para este fenómeno, a mesma atenção que lhe devem merecer
as questões da troika, do desenvolvimento e do futuro de Portugal. Os
novos rurais, além das iniciativas que conseguirem vingar, vão ser
responsáveis pela visão que a sociedade tiver da nossa agricultura
daqui a 4,5 anos. Aos nossos olhos, a agricultura vai continuar a ter
a mesma visão histórica, a ser o parente pobre da economia? Um setor
envelhecido, obsoleto e sem futuro? Ou, pelo contrário, a partir da
instalação de gente jovem, formada, com ideias e projetos, vai passar
a ser olhado como uma área que está na moda, em que se obtém sucesso,
competitiva, exportadora, que incorpora as novas tecnologias?
Esperamos que seja a segunda opção a vingar. Para isso, é preciso
estimular estes novos rurais para que elaborem rigorosos planos de
negócio, e que os responsáveis políticos trabalhem para a
implementação de medidas e políticas que permitam mais apoios.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/os-novos-rurais150022537

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