sábado, 4 de julho de 2015

Estado reduz "custos de contexto" para os produtores do Douro


03 Julho 2015, 12:39 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

Os 23 mil produtores da região demarcada passam a aceder através da Internet a toda a informação sobre as suas parcelas de vinha, incluindo a identificação que era feita no terreno por fiscais do instituto público.
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) lançou uma plataforma electrónica para que a informação integrada sobre parcelas de vinha fique "à distância de um clique". No Portal do Viticultor, com acesso a uma área reservada, este processo de transmissão de informação com as autoridades torna-se "mais célere e preciso", permitindo a obtenção automática da pontuação de quatro fatores: localização, altitude, inclinação e exposição.
 
Manuel de Novaes Cabral, presidente do instituto público que regula o processo produtivo, faz a promoção e garante o controlo da qualidade e quantidade dos vinhos do Douro e Porto, destacou a interoperabilidade e a auto-declaração como características desta nova ferramenta. Uma alteração relevante, já que, até agora, eram os fiscais do instituto a fazer a georreferenciação no terreno, numa região com cerca de cem mil parcelas.
 
Com a declaração "online", esta medida "dá uma resposta rápida, diminui custos de contexto e garante objetividade e um enquadramento estável na articulação" com os agentes económicos, acrescentou o responsável máximo da mais antiga região demarcada do mundo, onde a classificação da vinha influencia directamente o rendimento dos perto de 23 mil viticultores.
 
Em comunicado, o IVDP explica que a plataforma surge depois da implementação do Sistema de Informação Geográfica da Vinha da RDD que, com a uniformização dos critérios de medição das parcelas de vinha, estabilizou a área sobre a qual é calculado o "benefício", que é a quantidade de mosto, definida anualmente, que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto.
 
Em 2014, a região registou vendas de 493,4 milhões de euros, incluindo os vinhos do Porto, DOC (denominação de origem controlada) Douro, moscatel, espumante e vinho regional duriense. O mais famoso vinho português representou 73,5% do total do negócio, ainda que o seu peso relativo tenha caído dez pontos percentuais nos últimos oito anos.

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