sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Etanol pode ajudar a África a reduzir emissões de CO2

Conforme dados da Agência Ambiental Americana, o biocombustível
brasileiro reduz as emissões dos veículos em pelo menos 50% em
comparação com a gasolina

DIVULGACAO
A utilização do etanol é estratégica, ainda mais em países pobres,
pois seu preço é mais barato que combustíveis fósseis, e seu uso traz
pontos positivos para o meio ambiente local
São Paulo - O etanol brasileiro pode ajudar a África a reduzir suas
emissões de gases de efeito estufa (GEE). É o que afirmaram
representantes brasileiros durante a 17ª Conferência das Partes das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 17), que aconteceu nas
últimas duas semanas em Durban, na África do Sul.

Conforme dados da Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em
inglês), o biocombustível brasileiro reduz as emissões dos veículos em
pelo menos 50% em comparação com a gasolina; já a Agência
Internacional de Energia estima que essa redução ultrapasse os 80%.
Porém, vale ressaltar que, independente da porcentagem, as emissões
restantes são compensadas no processo de crescimento da
cana-de-açúcar.
A Ecofrotas, empresa de gestão de frotas e a primeira a trabalhar com
gestão sustentável, acompanhou as discussões envolvendo transporte
sustentável e demais negociações em Durban.
"A utilização do etanol é estratégica, ainda mais em países pobres,
pois seu preço é mais barato que combustíveis fósseis, e seu uso traz
pontos positivos para o meio ambiente local", afirma a gerente de
Relacionamento em Sustentabilidade da Ecofrotas, Amanda Kardosh, que
acompanhou as discussões da COP.
A executiva aponta também que há muito mercado a ser explorado pelo
biocombustível. "O uso do etanol no Brasil já está disseminado, em boa
parte graças aos carros flex, que representaram no ano passado 46% da
frota brasileira de veículos leves, mas no restante do mundo há um
mercado enorme disponível", comenta.
Sobre a tecnologia flex, que permite a utilização do etanol ou
gasolina no mesmo veículo, ela lembra que é relativamente simples.
"Consiste apenas na instalação de um microchip no motor.
A maioria das grandes montadoras mundiais são capazes de oferecer
modelos com essa tecnologia para outros países, incluindo os da
África", diz. Além disso, acrescenta, "há espaço e condições
climáticas favoráveis em alguns países do continente africano que
permitiriam a produção de biocombustíveis, sendo que o Brasil poderia
ajudar com o fornecimento de tecnologia".
Para Amanda essa expansão do uso do etanol é extremamente importante
para a redução das emissões no planeta.
"Temos resultados extremamente positivos no Brasil. Somente o trabalho
desenvolvido pela Ecofrotas com as empresas 3M, Vivo, Sadia, Kimberly
e Protege possibilitou que elas reduzissem em cerca de 40% as emissões
projetadas de CO2 de suas frotas de veículos. Juntas, essas empresas
evitaram a emissão de 30 mil toneladas de CO2 em um período de três
anos", aponta.
http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/etanol-pode-ajudar-a-africa-a-reduzir-emissoes-de-co2?page=2&slug_name=etanol-pode-ajudar-a-africa-a-reduzir-emissoes-de-co2

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