sábado, 20 de outubro de 2012

Máquina ‘dois em um’ revoluciona limpeza das florestas portuguesas

Equipamento corta e acondiciona mato para o tornar biocombustível
2012-10-19

António Ramos e José Figueiredo junto da nova máquina
Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro acaba de
desenvolver uma máquina de corte e acondicionamento de biomassa sem
comparação entre os enormes e caros equipamentos para limpeza
florestal existentes no mercado mundial.
O novo equipamento é um verdadeiro 'dois em um' para a limpeza da
floresta. Primeiro corta o mato, reduzindo drasticamente o risco de
incêndio. Depois, acondiciona a biomassa para que esta possa ser
facilmente transportada para fora do terreno e rentabilizada como
biocombustível. Se a estas duas funcionalidades únicas numa só máquina
juntarmos o facto da mesma ter o tamanho ideal para facilmente ser
acoplada e manobrada por num qualquer trator agrícola, então temos a
máquina perfeita para os milhares de pequenos e médios proprietários
florestais portugueses.

"Termos a possibilidade de cortar e acondicionar a biomassa dos matos
florestais através de uma só máquina possibilita um trabalho contínuo,
mais rápido e eficaz", afirma José Figueiredo, investigador do
departamento de Ambiente e Ordenamento da UA e um dos criadores do
mecanismo.

Através de lâminas de corte, de um rolo com dentes que arrasta o
material lenhoso para o interior da estrutura e um segundo rolo que
permite a sua saída devidamente acondicionado, a máquina, que procura
empresas interessadas na sua produção, permite actuar em qualquer tipo
de terreno.

"O equipamento faz um corte contínuo de arbustos através de lâminas
móveis alternadas e, através de um rolo de saída, acondiciona a
biomassa para que possa depois ser aproveitada", descreve António
Ramos, investigador do departamento de Mecânica da UA, outro dos
responsáveis pelo projecto.

A equipa da UA quer, no futuro, que os resíduos florestais, "um
recurso que tem sido pouco valorizado por falta de equipamentos
específicos adequados ao processo", deixem de ser combustível nos
incêndios para passarem a ser em sistemas de aquecimento de edifícios.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=55960&op=all

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