terça-feira, 26 de novembro de 2013

Deputado do PS questiona Governo sobre imigrantes na agricultura

07h41 - terça-feira, 26/11/2013


O deputado do PS eleito por Beja questionou os ministérios do Emprego,
da Agricultura e da Economia sobre os problemas dos trabalhadores
imigrantes na agricultura local.
Depois das autoridades competentes terem detectado alguns casos de
trabalhadores em situação ilegal e até mesmo alvo de "escravatura" no
Alentejo, Luís Pita Ameixa apresentou na passada semana, na Assembleia
da República, um requerimento onde pretende saber se os três
ministérios têm conhecimento, "em toda a sua extensão", da
"problemática laboral, social e cultural que os grandes contingentes
de mão-de-obra agrícola estrangeira que aportam, designadamente, ao
Baixo Alentejo, está a criar".
Pita Ameixa espera ainda que os ministros Pedro Mota Soares, Assunção
Cristas e António Pires de Lima lhe forneçam "os relatórios e estudos
que existam no Governo sobre esta matéria" e lhe revelem que "medidas
de política, de recepção e integração civilizada destes imigrantes o
Governo já promoveu ou projecta promover".
A posição do deputado socialista surge após os mais recentes casos de
imigrantes ilegais a trabalhar na agricultura alentejana, sobretudo na
apanha da azeitona, e já depois de Pita Ameixa, em Maio deste ano, ter
chamado a atenção do Governo "para as condições sub-humanas em que,
muitas vezes, são recebidos em Portugal" estes trabalhadores.
"Já em Maio deste ano eu tinha referenciado ao Governo que o
desenvolvimento agrícola do Baixo Alentejo estava a atrair
trabalhadores e suas famílias que não eram recebidos condignamente",
lembra Ameixa, defendendo que "o desenvolvimento económico só é
valioso se for instrumento de desenvolvimento social e cultural, e de
criação de condições de vida, e se estiver ao serviço das pessoas".
Nesse sentido, o deputado do PS reconhece que o Governo, através dos
serviços competentes, tem feito alguma fiscalização, que, contudo, se
tem revelado "insuficiente".
"O que se suscita como necessário é uma intervenção proactiva, no
âmbito das condições de trabalho e no âmbito das condições de estadia
e alojamento, tal como não se deve deixar de ter em atenção a família
dos trabalhadores, como é o caso, muitas vezes dos filhos desviados da
escola", conclui Luís Pita Ameixa.

http://www.correioalentejo.com/?diaria=10432&page_id=36

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