sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vinho branco português distinguido entre os melhores em Londres


O Campolargo branco de 2011 foi o primeiro vinho de mesa português a conquistar o troféu
O vinho português Campolargo ganhou o prémio de "melhor vinho branco do mundo" (IWC Champion White Wine 2014) no concurso mundial International Wine Challenge, que decorreu em Londres, anunciou hoje a empresa.

O Campolargo branco de 2011 foi o primeiro vinho de mesa português a conquistar o troféu, em 31 edições do mais antigo concurso de vinhos, considerado um concurso "prestigiante e exigente".

Os vinhos a concurso são distribuídos pelas categorias de brancos, tintos, espumantes e generosos, sendo numa primeira fase atribuída a distinção apenas a um vinho de cada país. Na fase seguinte é escolhido entre os melhores dos vários países o melhor de cada categoria.

Pela primeira vez um vinho português de mesa foi considerado o melhor de todos os vinhos a concurso, arrecadando a medalha de ouro, o título de " Champion Trophy" para melhor vinho branco do mundo e melhor branco português.

"Fazemos este vinho como o fazia o meu avô", disse à Lusa Carlos Campolargo, explicando que o "segredo" para o prémio está na genuinidade do vinho e no emprego de processos artesanais, mas também no fator sorte de condições climatéricas adequadas.

"O caso deste branco, apanhamos as uvas, da casta cercial, utilizada para espumante e que são extraordinariamente difíceis porque, entre o momento em que apanhamos para espumante, em que está com uma acidez muito alta e uma graduação provável baixa, e o momento em que está pronto para fazer este nosso vinho, um branco tranquilo, podem passar alguns dias para ter a maturação adequada e se chover lá vai a possibilidade de fazer este vinho", explicou.

A "genuinidade" é também essencial para o resultado: "um vinho que na prova não é muito aromático, muito mineral e longo na boca, que se pode envelhecer muito bem".

Já que não são usados produtos enológicos (apenas sulfitos que evitam a degradação biológica) e é empregue "a velha técnica de ir à vinha apanhar só o que está maduro, sem ser demasiado, e em condições". Na adega usam-se "velhos processos", o que não invalida o uso de alguma tecnologia moderna.

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