segunda-feira, 11 de abril de 2011

"A Altri é das mais competitivas do mundo"

11 Abril 2011 | 11:02
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Partilhar

Imprimir|Enviar|Reportar Erros|Partilhar|Votar|Total: 1 VotoTamanho
A Altri exporta mais do 90% do que produz. Explique-nos como.
A Altri é uma das empresas mais competitivas do mundo a fazer pasta de
papel. Isso deve-se a vários factores: temos um parque florestal muito
importante, gerimos 84 mil hectares de floresta em Portugal, somos o
maior produtor de Madeira de eucalipto, e isso permite-nos ter uma
operação integrada com custos reduzidos; a empresa possui "know-how",
quer de projectos, quer de operações, que nos permite operar os
activos fabris com eficiência e competitividade; a gestão da Altri é
leve e focada em resultados, o que tem permitido conseguir bons
indicadores, na produtividade, nos custos e nos resultados.

O facto de ser portuguesa é positivo para a Altri? Em quê?
A base de produção e a base florestal que existe no País são
importantes. Depois, fornecemos o mercado europeu, que é deficitário
em pasta de papel, e temos concorrentes que estão fora do continente
europeu, logo têm elevados custos logísticos para os mesmos clientes.
Esta indústria em Portugal é bastante competitiva, há muito
"know-how", bons prestadores de serviços, de projecto e de tecnologia.
Temos um "cluster" que funciona efectivamente na pasta e papel.
Inversamente, que obstáculos sentem por serem uma empresa portuguesa?
Os investimentos estão sempre condicionados à matéria-prima disponível
e falta um plano para aumentar a área florestal do eucalipto, que tem
sido mais combatido que apoiado. Nota-se que, neste momento, muitas
pessoas perceberam que a fileira florestal é importante - representa
cerca de 10% das exportações - e há um desbloquear de situações. Mas
não existe ainda uma atitude proactiva de dinamização do sector, que
permita que ele cresça e se possam fazer mais investimentos. Por outro
lado, há áreas florestais a cargo do Estado ou em zonas baldias que
têm pouca produtividade por falta de investimento e que teriam uma
rentabilidade completamente diferente se fossem concessionadas a
privados, que aliás já demonstraram interesse e têm meios de
investimento e de gestão certificada dessas florestas.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=478769

Sem comentários:

Enviar um comentário