O COPA-COGECA, confederação que agrupa organizações agrícolas e
cooperativas da UE, rejeitou a proposta apresentada ontem pela
Comissão Europeia com as novas medidas fiscais para a energia. São
duas as principais mudanças que afectam a agricultura.
Por um lado, introduz um imposto para os combustíveis de transporte e
aquecimento com base nas emissões de CO2 que afectaria todos os
sectores económicos, nomeadamente agricultura, pesca, horticultura e
silvicultura.
Também se propõe uma alteração ao actual regímen especial de impostos
à energia que tem o sector agrícola, hortícola, piscícola e florestal,
o qual só poderia ser mantido se o produtor assumisse uma série de
compromissos de eficiência energética e ambiental.
O COPA-COGECA considera que os produtores já suportam elevados custos
de produção, para terem de enfrentar novos impostos .. De facto, dados
do Eurostat revelam um aumento de 57% do preço da energia nos últimos
10 anos. Além disso, o sector agrícola é um sector que tem reduzido as
suas emissões de CO2, com um decréscimo de 20% entre 1990-2007.
O COPA-COGECA quer que o sector agrícola fique isento da aplicação
deste imposto sobre as emissões de CO2. A não ser assim, o sector
seria fortemente afectado na sua competitividade, o que poderia
motivar a deslocalização de certas actividades para países terceiros,
que apesar de terem maiores emissões de CO2, não são agravadas com o
imposto. Por exemplo, a produção bovina num dos maiores exportadores
de carne de vaca para a UE tem o dobro das emissões de CO2 das da
União.
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/04/14b.htm
Sem comentários:
Enviar um comentário