Regional | 07:00 | 28-07-2011
A reavaliação dos investimentos previstos para a conclusão de Alqueva,
fixado para 2013, que ontem foi tornado público pela ministra da
Agricultura, merece a reprovação de políticos, empresários e autarcas.
Com excepção do deputado do PSD eleito por Beja, as palavras que a
ministra da Agricultura proferiu ontem na Comissão de Agricultura e
Mar da Assembleia da República, de que o Governo não se "compromete"
se vai garantir o calendário, que previa o final do investimento no
Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva até final de 2013, mereceu
a contestação de deputados da oposição e dos presidentes da Federação
dos Agricultores do Baixo Alentejo (FABA) e da Comunidade
Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL).
Assunção Cristas disse que está "a reavaliar os investimentos" não se
comprometendo com o calendário fixado, por ser necessário "muito
dinheiro", falando em 300 milhões de euros.
Mário Simões, deputado do PSD, justifica que a ministra "falou
verdade" e "não" disse que Alqueva era para adiar, mas sim que iria
ser "reavaliada", porque Alqueva "é estratégica" para aumentar a
produção do País, criticando o anterior Governo e actual gestão da
EDIA.
Luís Pita Ameixa, deputado do PS, recorda que os Governos socialistas
"sempre puseram o dinheiro necessário" para concretizar Alqueva e que
na próxima terça-feira "os deputados do Partido Socialista "visitarão"
a EDIA e tomarão "uma posição de força" em defesa do empreendimento e
da agricultura portuguesa.
João Ramos, deputado da CDU, considera que "é preocupante" os cortes e
o pior é não se conhecer "qual vai ser o futuro agrícola da região".
Castro e Brito, presidente da FABA, considera que "terminar a obra
deve ser prioridade" do Governo, e que em causa fica "o regadio dos
melhores solos do país", referindo aos barros de Beja.
Jorge Pulido Valente, presidente da CIMBAL, refere que já existiam
"esses rumores", acreditando que Passos Coelho e Carlos Moedas
"defenderão a conclusão do investimento", sustentando que é necessário
"estar em alerta máximo".
Recorde-se que no passado dia 7 de Julho numa deslocação a uma herdade
em Ferreira do Alentejo, onde acompanhou o Presidente da República,
Assunção Cristas garantiu que Alqueva era uma "prioridade" para o
actual Governo.
Teixeira Correia
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