Governo trabalha em modelo de ordenamento para evitar fogos

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
28 | 07 | 2011 08.38H
O Governo está a trabalhar "intensamente" num modelo de ordenamento da
floresta que evite o problema dos incêndios, reduzindo a possibilidade
de existirem tantos fogos e tão frequentes, afirmou hoje o secretário
de Estado das Florestas.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
"Estamos a trabalhar para que no futuro se possa fazer uma redução
desse problema [através] do ordenamento da floresta", visando a
proteção e a conservação da natureza, avançou hoje à agência Lusa
Daniel Campelo.

Para o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural,
"esse é o principal caminho, é trabalhar num modelo de ordenamento da
floresta que evite ao máximo o problema e que reduza drasticamente a
possibilidade de o incêndio florestal poder ocorrer com tanta
frequência e em tantos sítios".
"Estamos a trabalhar intensamente nesse modelo", salientou o governante.
Por outro lado, "estamos todos mobilizados para que não falhem, quer
da parte do Ministério a que pertenço [Agricultura, Mar, Ambiente e
Ordenamento do Território] quer da parte do Ministério da
Administração Interna, os meios de que o país dispõe", disse Daniel
Campelo.
"Não podemos prometer mais do que aquilo que temos, é um esforço muito
forte que está a ser feito por todas as estruturas", fez questão de
referir.
Com o aumento das temperaturas nos últimos dias, subiu o número de
incêndios e na terça-feira a Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC) contabilizou a ocorrência de 213 fogos, que foram combatidos
por 3.043 operacionais.
No fim de semana, entre as 00:00 de sábado e as 24:00 de domingo,
registaram-se 613 incêndios florestais, tendo a maioria dos fogos se
localizado no Centro e Norte do país.
Os distritos mais fustigados pelos incêndios florestais foram Aveiro,
Braga, Porto e Viana do Castelo, adiantou a ANPC.
Na quarta-feira, o ministro da Administração Interna (MAI) esclareceu
que o investimento no dispositivo de combate a incêndios florestais
este ano será de 74,8 milhões de euros, depois de no Orçamento de
Estado ter sido prevista uma verba na ordem dos 130 milhões de euros.
Apesar da diminuição de 14 meios aéreos no combate a incêndios
florestais comparativamente com o ano de 2010, o ministro anunciou que
vai haver um reforço de viaturas operacionais em vários distritos do
Norte (Porto, Vila Real, Bragança e Viana do Castelo).
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