quinta-feira, 28 de julho de 2011

Assunção Cristas: «PRODER é um instrumento mau»

2011-07-27

A ministra da Agricultura e Ambiente, Assunção Cristas, confirmou hoje
estar «plenamente empenhada e convencida» de que serão alocados mais
50 milhões de euros para o PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural
2007-2013) ainda este ano.
A verba, correspondente à contribuição portuguesa no instrumento
comunitário, era uma possibilidade prevista no Orçamento de Estado,
que se junta aos 103 milhões de euros já desbloqueados. Mesmo assim, a
ministra deixa o desabafo: «o PRODER é um instrumento mau, mal
desenhado».

As declarações, feitas hoje durante uma audição na Comissão
Parlamentar de Agricultura e Mar, reflectem as queixas do ministério
perante um programa que continua com baixas taxas de execução.
Assunção Cristas reconhece que o seu antecessor fez um trabalho de
simplificação do instrumento, mas que agora é altura de desbloquear
verbas. «Falta pouco tempo, não vale a pena gastar energia a mudar
estruturalmente o PRODER».
Ficam, no entanto, as lições para o futuro. «O próximo programa de
desenvolvimento rural deve ser tudo menos este PRODER», sublinhou a
ministra.
A linha de financiamento para projectos ligados à floresta é outra das
preocupações do ministério. «O PRODER para as florestas preocupa-nos
porque a baixa execução está relacionada com os poucos projectos
apresentados», acrescentou Assunção Cristas. Daí que o ministério da
Agricultura vá estudar formas de dinamizar candidaturas por parte dos
produtores.
Nas regras do PRODER, o financiamento de Bruxelas só é desbloqueado
depois de uma contribuição nacional de oito por cento. Actualmente,
foram disponibilizados 103 milhões de euros na verba portuguesa, que
estão a ser geridos pelo Instituto de Financiamento de Agricultura e
Pescas (IFAP) e alocados a duodécimos.
Autor / Fonte
Marisa Figueiredo
http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=11019

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