por LusaOntem
O Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu hoje reforçar até
15 de Outubro o dispositivo de combate a incêndios florestais com mais
360 bombeiros em 14 distritos.Uma decisão tomada devido ao calor e que
custará cerca de 180 mil euros.
Segundo o MAI, o reforço é composto por 14 grupos, tendo cada um 26
operacionais, que vão actuar em 14 distritos, aqueles que têm "maior
perigosidade florestal" e "um menor número de meios activos".
O reforço do efectivo entre 4 e 15 Outubro custará cerca de 180 mil
euros, segundo o gabinete do ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo.
Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Faro,
Leiria, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real
são os distritos que vão receber o reforço operacional, adiantou a
fonte, sublinhando que os 14 grupos vão "estar em regime de prontidão"
e vão actuar em função "das áreas com maior risco de incêndio".
O MAI também decidiu alargar o período crítico de risco de incêndio
até 15 de Outubro, sendo "expressamente proibido o uso do fogo em
floresta" até essa data, disse também a mesma fonte.
As decisões hoje tomadas pelo MAI foram propostas pela Autoridade
Nacional de Protecção Civil (ANPC) e vão estar operacionais a partir
das 14:00 de terça-feira.
A mesma fonte afirmou que o reforço operacional é uma entre outras
medidas que o MAI está a estudar.
O reforço dos 360 bombeiros juntam-se aos 5.435 elementos que compõem
o dispositivo da fase "Delta" de combate incêndios florestais, que
começou no sábado.
Durante a fase "Delta", os bombeiros têm ao dispor 1.225 veículos e,
até 15 de Outubro, 17 meios aéreos. A partir do dia 16 de Outubro
estarão disponíveis os nove helicópteros da Empresa de Meios Aéreos
(EMA), que serão activados segundo a avaliação do perigo e do risco de
incêndio.
Segundo o MAI, o reforço do Dispositivo Especial de Combate a
Incêndios Florestais (DECIF) deve-se às condições meteorológicas e ao
aumento significativo do risco de incêndio.
A mesma fonte adiantou que no sábado foi o dia "mais severo" em termos
meteorológicos desde 15 de maio.
De acordo com a ANPC, durante o fim de semana ocorreram 542 fogos, dos
quais 243 deflagraram no sábado e 299 no domingo.
No fim de semana, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apelou ao
Governo para interromper a desmobilização do DECIF devido ao crescente
número de incêndios registados em todo o país.
A época mais crítica em incêndios florestais, a fase "Charlie",
terminou na sexta-feira passada.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2033378&page=-1
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