07/10/2011 - 12:18
O avião, um Airbus A320 da Ibéria, impulsionado pela mistura de
biocombustível de segunda geração, não precisou de modificações para o
uso do combustível. O biocombustível tem as mesmas características que
o comburente usado habitualmente na aviação. Contém 25% de
biocomburente de camelina - uma planta oleaginosa não comestível e que
não interfere em cultivos alimentares - e permite uma economia de
emissões próxima a 20%. A Repsol foi a responsável pela obtenção,
distribuição e logística do combustível, cuja formulação foi avaliada
e credenciada pelos pesquisadores do Centro de Tecnologia Repsol.
A
Ibéria realizou a gestão operacional do voo, além de contribuir com o
avião, a tripulação e todos os meios necessários na área de
manutenção. A companhia ASA (Aeroportos e Serviços Auxiliares)
forneceu à Repsol o combustível com uma mistura de 25% de
biocombustível de camelina, com o apoio Honeywell-UOP. O voo faz parte
do projeto-piloto Vuelo Verde, pioneiro na indústria da aviação
espanhola, e também do plano estratégico da Ibéria contra as mudanças
climáticas que, entre outras iniciativas, inclui a sua participação em
diversos projetos para a obtenção de biocombustíveis. Há cinco anos a
Ibéria forma parte do índice Dow Jones de sustentabilidade e, nos
últimos três, obteve a melhor pontuação na dimensão de meio ambiente.
O projeto se enquadra na estratégia da Repsol em matéria de
responsabilidade corporativa e sustentabilidade, que foi qualificada
como líder mundial do setor nos prestigiosos índices de
sustentabilidade Dow Jones 2011. Depois do êxito do voo, ambas as
companhias vão estudar novas iniciativas conjuntas neste âmbito.
A Ibéria e a Repsol realizaram hoje o primeiro voo espanhol
impulsionado por biocombustível. A rota selecionada para a realização
do mesmo foi a Ponte Aérea Madri / Barcelona, e o avião, um Airbus
A320 da Ibéria, que percorreu com sucesso o trajeto. Durante o voo,
foram consumidos 2.600 quilos de uma mistura de biocombustível de
camelina e o comburente JET A-1 convencional, que permitiram uma
economia de cerca de 1.500 quilos de emissões de CO2.
O biocombustível de segunda geração utilizado na prova é uma mistura
realizada pela ASA com Bioquerosene Parafínico Sintetizado produzido
pela Honeywell-UOP e avaliado e acreditado pela Repsol em seu Centro
de Tecnologia, que permite uma redução de emissões de gases do efeito
estufa de cerca de 20%. Tem as mesmas características que o
combustível Jet A-1 que é usado habitualmente na aviação, e contém 25%
de biocombustível de camelina, uma planta oleaginosa não-comestível
que não demanda condições ambientais específicas e pode ser cultivada
na Espanha.
A Ibéria se ocupou do planejamento dos aspectos operativos do voo
(avião, tripulação, programação, etc.) e, para a assistência em terra
do avião em Barajas, usou um carro elétrico modelo iON da Peugeot. A
companhia está realizando provas com diferentes tipos desses veículos
para ver qual se adapta melhor às condições atmosféricas do aeroporto.
No voo com biocombustível a Ibéria fornece, também, os meios técnicos
e de pessoal necessários na manutenção, incluindo as suas instalações
em La Muñoza, próximas ao aeroporto de Barajas, onde foi realizada a
carga do biocombustível. A companhia aérea espanhola também monitorou
permanentemente com a Airbus e esta, por sua vez, com os fabricantes
de motores, a certificação técnica e operativa do biocombustível para
o seu uso na aviação comercial.
A Repsol se encarregou da obtenção, distribuição e logística do
combustível, cuja formulação foi avaliada e credenciada pelos
pesquisadores do Centro de Tecnologia Repsol, e submetida a diferentes
ensaios de alto rendimento. A empresa tem uma longa trajetória e ampla
experiência na pesquisa, desenvolvimento e comercialização de
biocombustíveis, e, através do seu Centro de Tecnologia, um dos mais
avançados da Europa, promove e impulsiona diferentes pesquisas nesse
âmbito.
A operação se enquadra no projeto-piloto Vuelo Verde, pioneiro no
setor aéreo espanhol, e que nasceu em fevereiro de 2011 com o objetivo
de avançar na utilização de biocombustíveis na aviação. O voo com
biocombustível faz parte também do Plano Estratégico de Meio Ambiente
da Ibéria que, entre outras iniciativas, inclui a participação da
companhia em diversos projetos contra as mudanças climáticas.
O presidente da Ibéria, Antonio Vázquez, que assistiu ao primeiro vôo
espanhol com biocombustpivel, afirmou: "para a Ibéria, é um orgulho
poder trazer para este projeto a nossa experiência como companhia
aérea e como empresa de manutenção de aviões. A luta contra a mudança
climática é um dos maiores desafios enfrentados em nosso setor, e os
biocombustíveis são fundamentais para reduzir nossa dependência
energética do petróleo, ganhar em competitividade, e alcançar os
objetivos ambiciosos de redução de CO2 que se propôs a indústria
aérea". A Ibéria faz parte do Dow Jones de Sustentabilidade desde 2007
e, nos últimos três anos, obteve a melhor pontuação do setor na
dimensão meio ambiental que analisa o índice.
Para Pedro Fernández Frial, diretor geral de Downstream da Repsol, o
primeiro voo espanhol com biocombustível "supõe um passo a mais no
compromisso da Repsol com a mobilidade sustentável, impulsionando o
desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração". E acrescentou
que "Desde a Unidade de Novas Energias, a Repsol contribui na visão de
um futuro da energia mais diversificado e sustentável". O Plano de
Sustentabilidade da empresa recebeu diversos reconhecimentos, com
destaque para a recente edição 2011 dos prestigiosos índices de
sustentabilidade Dow Jones, que qualifica à Repsol como a petroleira
mais transparente e sustentável do mundo, com a máxima pontuação
possível em transparência, estratégia frente às mudanças climáticas, e
refinação e combustíveis limpos, entre outras das múltiplas atuações
analisadas.
Depois do sucesso da prova, ambas as companhias analisarão como
continuar desenvolvendo iniciativas conjuntas que lhes permitam
avançar na pesquisa, desenvolvimento e uso de biocombustíveis na
aviação comercial.
Ibéria-A participação da Ibéria no voo com biocombustível se enquadra
dentro de um grande plano estratégico da companhia para desenvolver a
sua atividade de forma sustentável, e contribuir para a preservação do
meio ambiente.
Como integrante da IATA, a Ibéria participa da Estratégia de Futuro
desta associação, cujo objetivo é chegar ao crescimento Zero de
emissões de CO2 em 2020. A companhia aérea espanhola faz parte também
do programa europeu SESAR, que tem como objetivo final melhorar a
eficiência do espaço aéreo na Europa, o que suporia um menor consumo
de combustível das companhias aéreas e, portanto, a redução das
emissões de CO2.
A Ibéria realiza uma contínua renovação de seus aviões, e dispõe de
uma frota muito moderna que permitiu reduzir suas emissões de CO2, em
2010, em 4%, e quase 10% nos últimos 5 anos. A empresa tem previsto
renovar a sua frota de longo curso com um pedido de até 16 aviões
Airbus A330, com motores de última geração para otimizar o consumo de
combustível, e reduzir as emissões de CO2 por avião em torno de 15%,
comparado com seus atuais Airbus A340.
O plano estratégico de meio ambiente da Ibéria inclui, também, a
implicação da companhia na obtenção de biocombustíveis para seu uso na
aviação comercial. Com esse fim, a Ibéria assinou um Convênio com o
SENASA (Serviços e Estudos para a Navegação Aérea e a Segurança
Aeronáutica, que depende do Ministério de Desenvolvimento) e com a
Airbus, a fim de contribuir para a utilização de biocombustível para a
aviação na Espanha, e participa de um projeto de pesquisa cujo
objetivo final é a produção de um biofuel/biocombustível a partir do
cultivo de micro-algas.
Repsol-A Repsol é comprometida com o desenvolvimento de um novo modelo
que assegure o fornecimento sustentável de energia para a mobilidade.
A empresa desenvolve diferentes iniciativas de negócio em âmbitos como
a bioenergia e as energias renováveis aplicadas ao transporte, por
meio de sua Unidade de Negócio de Novas Energias.
A empresa tem uma longa trajetória e ampla experiência na pesquisa,
desenvolvimento e comercialização de biocombustíveis. É pioneira na
pesquisa e desenvolvimento de cultivos de micro-algas, campo em que
possui diversas patentes. Além disso, a sua filial Kuosol é
especializada em cultivos energéticos que não concorrem com a
alimentação.
No setor da aviação, a Repsol participa de diferentes fóruns, como o
Observatório de energias sustentáveis para a aviação e em seu Centro
de Tecnologia estuda soluções para melhorar a eficiência e a redução
de emissões.
ASA-Aeroportos e Serviços Auxiliares (ASA) é um organismo
descentralizado do Governo Federal Mexicano. Tem 46 anos de
experiência na indústria aeroportuária e 32 como único fornecedor de
combustível a nível nacional.
Atualmente, opera uma rede de 18 aeroportos ao longo do território
mexicano e é responsável pelo abastecimento de combustível para
aeronaves através de 59 postos de combustível e 2 pontos de
fornecimento. Há pouco mais de dois anos, a ASA começou a trabalhar no
projeto "Plano de Voo até os Biocombustíveis Sustentáveis de Aviação
no México". Através dessa iniciativa, a ASA conseguiu estabelecer a
cadeia de produção deste bioenergético.
É importante mencionar que o governo mexicano está trabalhando junto
com o Ministério de Desenvolvimento da Espanha, a raiz do convênio
formalizado em novembro de 2010 entre a Secretaria das Comunicações e
Transportes do México e a Secretaria de Estado de Transportes do Reino
da Espanha, intitulado "Convênio Marco, sobre Transporte aéreo
Segurança e Sustentabilidade", com o objeto de contribuir para o
desenvolvimento da aviação civil em ambos os países. Assim mesmo,
destaca-se o "Acordo Específico Relativo ao Desenvolvimento de
Biocombustíveis na Aviação" entre Aeroportos e Serviços Auxiliares e a
Agência Estadual de Segurança Aérea da Espanha.
Airbus -A Airbus está cumprindo um papel vital para acelerar a
comercialização e certificação dos biocombustíveis, e esteve
trabalhando juntamente com a Ibéria para tornar realidade o voo.
"Acreditamos que a comercialização de biocombustíveis é essencial para
que o setor aéreo possa enfrentar o desafio da redução de emissões de
CO2, e parabenizamos a Ibéria por seu primeiro voo com
biocombustível", afirmou Paul Nash, Diretor de Novas Energias da
Airbus.
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=176377
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