sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Copa-Cogeca: Colheita de cereais da UE aumenta 1,9 por cento

07-10-2011

O Copa-Cogeca realizou a estimativa para a colheita final de cereais,
que revela um aumento ligeiro da produção de 1,9 por cento, apesar das
condições climáticas adversas.
No entanto, devido à pressão verificada no mercado de cereais da União
Europeia (UE) a organização lançou um alerta sobre o plano de manter
uma política agrícola comum (PAC) verde e a retirada de terras de
produção.

Este movimento surge após o presidente do grupo de trabalho de cereais
da organização ter avaliado a situação, assinalando que «este ano a
produção total de cereais da UE voltou a atingir um recorde de 280
milhões e toneladas mas, tendo em vista as más condições climatéricas
é difícil adiantar a qualidade da produção», disse Ian Backhouse.
Em relação ao milho, prevê-se que a produção atinja um total de 64
milhões de toneladas, o que revela um aumento de 14,7 por cento em
relação aos últimos anos. A organização mostra-se ainda preocupada com
o cumprimento dos requisitos comunitários por parte das importações
livres de cereais provenientes da Ucrânia para produção de
biocombustiveis, para além da incerteza deste país ter capacidade de
introduzir impostos de exportação de cereais, no âmbito das actuais
negociações de livre comércio entre a UE e a Ucrânia, que pode vir a
aumentar a volatilidade de mercado.
Ian Backhouse sublinha que alguns Estados-membros do norte da Europa
sofreram condições climáticas adversas este ano, no entanto, espera-se
que a produção da UE venha a responder à procura para a campanha de
comercialização de 2011/2012.
Para Setembro, estima-se que o equilíbrio de mercado seja apertado e
também baixos stocks para o final de 2012. A procura mundial de
cereais é muito alta e os stocks continuam a cair, por conseguinte, é
vital para os consumidores comunitários, tanto para alimentação humana
como animal, que os preços estabilizem e para manter o fornecimento.
O presidente do Grupo Consultivo dos Cereais insiste no facto de não
identificar razões para limitar a produção de cereais através da
introdução de novas medidas verdes da política agrícola comum (PAC), o
que, para o responsável, pode vir a ter um impacto negativo no mercado
dos cereais, ou seja, aumentar a volatilidade dos preços das
matérias-primas e preços dos biocombustiveis, concluindo que «esta é a
última coisa que a UE precisa de momento».
Fonte: Copa-Cogeca
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia41262.aspx

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