segunda-feira, 27 de agosto de 2012

58% do território do Continente em seca extrema em Julho

Seca:


Portugal continental estava no final de Julho com 58% do território em
seca extrema, 26% em severa, 15% em moderada e 1% em fraca, segundo o
último relatório do ministério da Agricultura, noticia a Lusa.

No nono relatório de acompanhamento dos impactos da seca, regista-se o
aumento de 129% de importação de energia eléctrica e as previsões de
quebras significativas nas produções das culturas forrageiras, dos
prados e das pastagens.

Datado de 14 de Agosto, o documento reporta-se à situação de Portugal
continental a 31 de Julho, destacando o aumento dos incêndios
florestais, «pese embora que a sua ocorrência não se deva, somente, à
seca».

Devido à altura do ano em que os valores médios mensais da chuva são
reduzidos, lê-se no texto que não se esperam «melhorias significativas
da situação de seca».

Em termos meteorológicos, regista-se uma «certa estabilidade, com
ligeira melhoria no Norte e no Centro interior».

Quanto às disponibilidades hídricas das albufeiras para regas, há
«problemas pontuais no Sul», como Silves, Lagoa e Portimão, além de
Odivelas. Porém, têm-se encontrado «soluções».

Em Lucefecit, no distrito de Évora, atingiu-se o nível crítico e, por
isso, implementada uma segunda fase do Plano de Rateio (divisão
proporcional), estando a ser preparadas operações para ultrapassar os
problemas.

«Face à seca de 2005, com características diferentes da actual,
existem áreas em que não tem sido necessário intervir, como é o caso
do abastecimento de água para consumo humano», lê-se.

Em Julho, a precipitação média foi inferior ao valor médio normal de
1971-2000, embora o Norte tenha registado mais chuva,

cerca de 58% em relação ao valor normal, enquanto a Sul os registo
«foram muito baixos, não se verificando sequer precipitação em
diversos locais».

Na comparação entre Janeiro e Julho de 2011, este ano a produção de
hídrica foi 62% inferior, o que implicou um aumento de 129% de
importação de energia eléctrica.

Na evolução da actividade agrícola, o Alentejo e o Algarve registaram,
na sua grande maioria, prados e pastagens naturais esgotados. No
regadio a «situação é ligeiramente melhor».

Quanto a culturas de Outono/Inverno, confirmam-se quebras na produção
de grão para a generalidade dos cereais e em

algumas zonas a sua qualidade é inferior à normal, enquanto nas
culturas hortícolas pode haver quebra de produção.

Por exemplo, a maçã Bravo de Esmolfe deverá vir a registar quebra de
produção relevante no Centro, nos olivais de sequeiro. A quebra já
aconteceu com a cereja, pêssego e a ameixa na maioria das zonas onde
são plantados e no mel.

A quebra de produção de citrinos no Algarve teve uma quebra entre 15 a
30% em relação a um ano normal e os frutos são mais pequenos.

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/08/24b.htm

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