sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Para ajudar os agricultores SEGUROS DE COLHEITA SÃO PRIORIDADE DO PSD

Quinta-Feira, dia 23 de Agosto de 2012



Publicado na Quarta-Feira, dia 22 de Agosto de 2012, em Actualidade
Berta Cabral, depois de ter visitado vários campos de milho destruídos
pelo vento forte que atingiu S. Miguel na madrugada de segunda-feira,
reconheceu que o temporal "deixou um rasto de destruição", criando uma
"situação preocupante" em muitas explorações agrícolas.
Para a candidata social-democrata, é preciso "trabalhar arduamente"
para conseguir seguros de colheita para os agricultores açorianos, o
que implica a obtenção de autorizações das instâncias europeias.

"Não é andar a falar disso há 16 anos, é fazer com que haja seguros
para resolver os problemas dos agricultores açorianos", afirmou,
assegurando que o PSD "não desiste" desse objectivo.

Na falta do seguro de colheita, Berta Cabral defendeu que a ajuda aos
agricultores agora afectados pelo mau tempo deve passar pela
atribuição de apoios para a importação de milho de silagem ou de outro
alimento equivalente em termos energético e nutricionais para o gado.

"É impossível deixar as coisas como estão porque há prejuízos muito
grandes e isso tem que ser tido em conta", afirmou Berta Cabral,
defendendo a importância do sector primário na economia açoriana.

"O sector primário continua a ser a base da nossa economia, não sendo
incompatível com o desenvolvimento dos outros. Todos têm lugar, mas
não podemos esquecer que é da agricultura que vem a base de
sustentação da nossa economia e até como sector de criação de
emprego", frisou, recordando que este sector "foi o único que criou
emprego" durante a actual crise.

O presidente da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses, Hélio
Carreiro, alertou ontem para as consequências da destruição das
colheitas de milho provocada pela passagem do furacão Gordon nos
Açores, revelando que foram afectados dezenas de agricultores em S.
Miguel.

"Há agricultores com 30 por cento da colheita destruída, mas também há
agricultores com 100 por cento da colheita destruída pelo furacão",
afirmou Hélio Carreiro, em declarações aos jornalistas durante uma
visita da candidata do PSD/Açores à presidência do Governo Regional,
Berta Cabral, a explorações afectadas pelo mau tempo.

O problema afecta dezenas de agricultores, tendo Hélio Carreiro
revelado que a associação já recebeu o contacto de cerca de 40
agricultores a pedir ajuda.


"AJUDA DEVE SER RECONHECIDA"



, Berta Cabral, considerou ontem que o acordo entre os governos
nacional e regional que permite refinanciar a dívida açoriana é uma
"ajuda que deve ser reconhecida", mas condiciona a autonomia regional.

"É uma ajuda do Governo da República ao Governo Regional, que não
tinha condições para pagar dois empréstimos que venceram a 6 e 19 de
Agosto, no valor de 50 e 77 milhões de euros", afirmou Berta Cabral,
salientando que, sem este acordo, a região corria o risco de entrar em
incumprimento.

Para Berta Cabral, trata-se de "uma ajuda que deve ser reconhecida",
mas a responsável frisou que os açorianos também estão a fazer um
esforço enquanto portugueses para ajudar a resolver os problemas do
país, pelo que "também têm direito a ser ajudados".

Berta Cabral considerou que foi uma "ingenuidade" do Governo dos
Açores anunciar que não haveria condições para a celebração deste
acordo, recordando que "todos sabem que não há almoços grátis".

"Se o governo pede ajuda, tem que ter condições de quem ajuda", afirmou.

"Seria melhor manter a autonomia financeira e económica, mas todos
sabemos que região atravessa um período difícil do ponto de vista
financeiro e muito difícil do ponto de vista económico", acrescentou.

Na perspectiva de Berta Cabral, algumas das condições impostas para
este acordo "afectam a autonomia financeira" dos Açores.

"Parto do princípio de que o Governo Regional terá feito tudo para
defender os interesses dos Açores, mas a verdade é que cedeu a
condições que penalizam a nossa autonomia política, administrativa e
financeira", afirmou, salientando que "o que está a acontecer é uma
imposição de fora para dentro de uma contenção que já deveria ter
existido".

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=29036

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