quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Emigrar para a Rússia em busca de projectos na agricultura

inShare

27 de Novembro, 2012Por José Milhazes, da agência Lusa

A Rússia nunca foi um país de emigração para quem optava por sair de
Portugal, mas, a pouco e pouco, aumenta o número de portugueses que
apostam naquele país para realizar a sua carreira profissional.
Portugueses ocupam, actualmente, cargos de responsabilidade nas
representações de multinacionais na Rússia como a Volkswagen, Pepsi,
Auchan e Metro.

Porém, entre eles não se encontra o jovem agrónomo José André Cardoso,
que foi à procura de novos negócios.

"A Rússia para mim sempre foi um país que me despertou curiosidade
desde muito cedo, não só pela rica história que é do conhecimento de
muitos, mas também pelas coisas que o meu pai contava sobre este
país", diz o português à agência Lusa.

"Depois tomei conhecimento sobre o pai da pedologia, Vassili
Dokutchaev, sobre a famosa "terra negra" e também sobre os milhões de
hectares de solo arável que existiam nesta parte do mundo", continua o
licenciado na Universidade de Évora.

"Apercebi-me então que os projectos agrícolas que se podiam executar
aqui muito dificilmente se executariam noutro lugar pelo facto de ser
uma área pouco desenvolvida na Rússia, isto é, com muitos anos de
atraso tecnológico e de conhecimento em relação à Europa e EUA",
frisa.

José André Cardoso, 31 anos, não esconde que "a situação económica que
o país [Portugal] atravessa" o levou a olhar para essa oportunidade e
a "fazer as malas", porém, sublinha que a crise foi apenas um dos
factores da emigração.

"Talvez tivesse emigrado à mesma, pois tive sempre vontade de alargar
horizontes e ter experiência profissional noutros países", sublinha.

O jovem agrónomo reconhece que a Rússia é um mercado muito difícil,
"onde é preciso batalhar muito, muito mesmo", mas promete continuar.

"O futuro é incerto, mas sem dúvida que vou continuar por cá, agora
que finalmente falo russo, seja no café, seja em reuniões de trabalho,
mais portas estão-se a abrir, por isso...", conclui.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=63688

Sem comentários:

Enviar um comentário