segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Idanha-a-Nova faz levantamento de terrenos para agricultura

A incubadora de base rural nasceu com 512 hectares de terrenos que não
eram usados pelo Estado no Couto da Várzea, mas já estão atribuídos


Jovens agricultores procuram terrenos
Nuno Veiga
24/11/2012 | 13:24 | Dinheiro Vivo
A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova está a fazer um levantamento de
terrenos disponíveis no concelho para satisfazer o aumento da procura
por parte de jovens agricultores, disse hoje à agência Lusa o
vice-presidente Armindo Jacinto.
A incubadora de base rural nasceu com 512 hectares de terrenos que não
eram usados pelo Estado no Couto da Várzea, mas já estão todos
atribuídos.
"Se tivéssemos quatro mil hectares havia propostas para todos", disse
Armindo Jacinto, seis meses depois de a ministra da Agricultura ter
formalizado a assinatura dos primeiros 20 contratos com jovens
agricultores.
Não só todos os terrenos que existem "estão ocupados", como "já há
projetos em lista de espera", acrescentou.
Neste momento, a autarquia está a fazer "um levantamento das
propriedades disponíveis por parte de particulares para arrendar ou
ceder, de modo a servir de banco de terras para todos os interessados"
que batem à porta da Câmara.
Por outro lado, o Estado "continua a ter um conjunto de terras" e há
"conversações" para apurar "se é possível ter mais áreas disponíveis
para a incubadora", adiantou o autarca.
Quanto aos projetos que arrancaram no Couto da Várzea, estão em
diferentes fases de implementação, a maioria em "preparação das
terras" para colher frutos no próximo ano.
O mirtilo é uma das culturas predominantes, mas há jovens agricultores
a apostar no melhoramento genético de produtos agrícolas e até noutros
frutos mais exóticos, como "o figo da Índia".
Trata-se de um produto que, além do fruto, permite "o aproveitamento
da planta, por exemplo, para a indústria farmacêutica.
A romã e dióspiro são outras frutas em expansão graças à procura pelo mercado.
Armindo Jacinto aplaudiu a diversidade e considerou que "o importante
é que a campina de Idanha não fique dependente de uma só cultura".
Um cenário que considera "fundamental para dar a volta ao mundo rural
e criar atividade agroindustrial".
A calibração e preparação para entrega ao mercado dos produtos passa
pela central hortofrutícola do Ladoeiro, participada pelo município, e
Joaquim Soares, que dirige a estrutura, assegurou que a experiência
"está a ser muito positiva".
Os produtos de jovens agricultores começam a chegar à central e
espera-se que o próximo ano seja de um incremento substancial nos
produtos.
"Assim cria-se valor e emprego" com base no setor primário, destacou.
Os responsáveis acreditam que a aposta na disponibilização de terras
vai permitir que em 2013 a paisagem na campina de Idanha seja
diferente, mais colorida e cheia de novos agricultores.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO073001.html?page=0

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