quinta-feira, 31 de julho de 2014

Portugal aumenta défice da balança comercial alimentar

Julho 24
08:54
2014

Segundo dados do INE, o saldo da balança comercial de produtos agrícolas e agro alimentares, em 2013, foi de 3,7 mil milhões de euros, ou seja, mais 39 milhões de euros que em 2012.

Estes números podem parecer contraditórios, com uma diminuição do consumo interno e um anunciado aumento da produção agrícola. A justificação é de que os produtos alimentares que importamos tiveram um considerável aumento de preço na origem, o que levou a um aumento do desequilíbrio da balança comercial, mesmo tendo em consideração que as nossas exportações de produtos agrícolas e alimentares cresceram 11% em 2013 face a 2012.

As exportações em 2013 totalizaram 3,5 mil milhões de euros, ou seja, mais 343 milhões de euros que em 2012 e as importações 7,2 mil milhões de euros, ou seja, mais 382 milhões de euros.

Como dissemos, este aumento de valor teve muito a ver com o aumento de preço na origem e as maiores subidas das importações foram no sector da carne e miudezas comestíveis mais 105,5 milhões de euros, das frutas com mais 80 milhões de euros e de produtos hortícolas mais 69 milhões de euros.

A Espanha continua a ser o nosso principal fornecedor, com 46,9% dos produtos e também o nosso principal cliente, com 38,1%.

De realçar que o nosso segundo mercado exportador é Angola, que absorve 12,1% das nossas exportações alimentares.

O azeite foi o maior impulsionador das exportações, reflectindo os grandes investimentos que têm sido feitos no olival, com um volume exportado em 2013 de 539 milhões de euros, ou seja, mais 99 milhões de euros que em 2012.

A floresta continua a ser um sector muito importante no nosso país, com uma balança comercial que tem vindo a ser positiva e que inclusive melhorou em 2013.

O saldo da balança comercial em 2013 foi positivo em 2,5 mil milhões de euros, ou seja, mais 140 milhões de euros que em 2012.

De realçar que, pela primeira vez, o peso das exportações de pasta de papel superou o da cortiça, tendo registado um saldo excedentário de 742,6 milhões de euros, enquanto o da cortiça foi de 700,4 milhões de euros.

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