sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Guerra biológica – espécies animais invasivas aumentam

Julho 28
08:30
2014

A facilidade em viajar, o aumento exponencial do comércio global, alterações climáticas, o gosto pelo exótico e uma boa dose de inconsciência levaram a que muitas espécies invasivas se tenham introduzido em países onde nunca deveriam existir e aí proliferem.

O que partiu da curiosidade humana ou do desejo de alargar horizontes e de enriquecer jardins botânicos ou de diversificar espécies animais, veio a revelar-se um potencial desastre ecológico. A maior parte das espécies invasivas são, de facto, introduzidas nos diversos países por pessoas, propositadamente ou acidentalmente, como passageiros clandestinos dos transportes mundiais.

Algumas destas espécies são potencialmente muito prejudiciais. Exemplos disso incluem os besouros verdes, provenientes da Asia e da Rússia, introduzidos noutros países acidentalmente, provavelmente em serradura usada para estabilizar cargas e que danificam várias espécies de árvores, como os freixos, sendo muito difíceis de erradicar; o mexilhão zebra que terá sido transportado na água de lastro de navios que navegam nos oceanos, sendo que esta espécie de mexilhão, nos grandes lagos americanos, multiplicou-se de tal forma que constitui um risco para as fábricas locais, cujos canos são entupidos por mexilhões; o caracol gigante de África, importado por vários motivos (alimentação, animal de estimação!!) e que se alimenta de uma variedade enorme de plantas, podendo também comer estuque! Este caracol é portador de uma parasita que pode causar meningite nos humanos.

Estes são só alguns exemplos de espécies invasivas que preocupam os biólogos, os produtores e os responsáveis pela conservação da natureza em vários países. Quanto à pergunta se poderemos lutar contra a invasão, a resposta é: provavelmente não. Contudo, há cada vez mais alertas e a prevenção é certamente melhor do que as tentativas de controlo destas pragas, que poderão vir a custar-nos muito dinheiro.

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