terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Beja: Câmara promove hortas urbanas para incentivar agricultura e apoiar famílias carenciadas

Habitantes de Beja vão dispor de terrenos para criar as suas próprias
hortas na cidade, através de um projeto do município para incentivar a
agricultura urbana, regularizar situações de cultivo desordenado e
apoiar famílias carenciadas.
Através do projeto "Hortas Urbanas", o município quer "regularizar
situações de cultivo desordenado" existentes no perímetro urbano da
cidade e "incentivar a agricultura urbana", disse hoje à agência Lusa
o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente.
"Ao permitir a produção própria" de produtos agrícolas, o projeto é
também uma "resposta social" para "apoiar famílias carenciadas",
frisou, explicando que, no processo de atribuição de terrenos para
criação das hortas, o município vai ter "em consideração" a situação
económica dos agregados familiares dos interessados e "privilegiar" os
mais carenciados.

O projeto tem "a preocupação de aliviar os orçamentos familiares", já
que os interessados vão poder "produzir produtos agrícolas para
consumo próprio e, no caso de haver excedentes, até para
comercialização", o que irá permitir "obter um complemente ao
orçamento familiar", disse.
As hortas vão "nascer" num terreno situado entre a Urbanização Quinta
d'El Rei e o Bairro do Pelame e com cerca de 1,25 hectares divididos
por 138 talhões de terreno cultivável, com dimensões entre os 40 e os
80 metros quadrados e regados através de uma nora tradicional.
Os interessados em criar uma horta terão que se inscrever no Gabinete
de Planeamento e Desenvolvimento da Câmara de Beja e a atribuição dos
talhões, mediante o pagamento de uma tarifa mensal, vai "privilegiar"
as primeiras inscrições, os residentes nas freguesias urbanas da
cidade e as situações de "carência económica do agregado familiar" dos
candidatos.
Segundo o município, o valor das tarifas mensais a pagar pelos
beneficiários dos talhões "constituirá um fundo comum de reservas",
que visa "essencialmente" a manutenção e a conservação do espaço e dos
equipamentos.
"A pensar no ambiente", o sistema de adução de água para regar as
hortas vai ser garantido por uma bomba alimentada por um sistema de
energia solar fotovoltaica, explica o município.
Além do abastecimento de água, os hortelões terão acesso a um ponto de
luz, a um abrigo comum para depósito de utensílios agrícolas, a um
espaço comum para compostagem ou depósito de resíduos orgânicos,
instalações sanitárias, zona de primeiros socorros e um painel
informativo para divulgação de informação sobre modos de produção e
práticas culturais ambientalmente corretas.
Segundo o município, "a sustentabilidade é o conceito-chave" do
projeto e nas hortas prevê-se apenas a prática de agricultura em modo
de produção biológica, ou seja, sem a utilização de produtos químicos
e promotor de ecossistemas naturais.
Neste sentido, o município vai promover um curso de agricultura em
modo de produção biológica, que irá incluir aulas práticas sobre
vários temas, como conservação do solo, horticultura e nutrição.
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=122920

Sem comentários:

Enviar um comentário